PM e vigilantes são presos acusados de furtar petróleo no RJ
Organização criminosa retirava, por semana, cerca de 150 mil litros de petróleo e produtos derivados, segundo a polícia
atualizado
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Uma quadrilha especializada em furto de petróleo e derivados de oleodutos da Transpetro é alvo de operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ). A Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) cumpre nesta terça-feira (05/11/2019) sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão expedidos contra a organização criminosa.
De acordo com os investigadores, o grupo age no norte fluminense. A ação é realizada nos municípios de Macaé, Quissamã, Carapebus, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu, no Rio de Janeiro e no estado do Paraná. Até a última atualização desta reportagem, cinco pessoas foram presas. Entre elas, há um policial militar e dois vigilantes.
As investigações começaram há cerca de 10 meses. Segundo a Polícia Civil, os criminosos localizavam os dutos de petróleo bruto e faziam uma derivação clandestina por onde desviavam o produto da subtração.
De acordo com o delegado Julio da Silva Filho, titular da DDSD, a apuração levantou ainda que a organização fazia em média de duas a três retiradas por semana, totalizando cerca de 150 mil litros de petróleo e derivados desviados.
As investigações apontam que o petróleo furtado seria enviado em caminhões bitrens, com capacidade para subtrair aproximadamente 50 mil litros. O material era levado para cidades do Paraná. “A prática do furto ilegal de combustível, além de ser criminosa, representa um risco para o meio ambiente e para as pessoas que residem próximo aos locais”, destaca polícia, em nota.
Os presos vão responder pelos crimes de organização criminosa contra ordem econômica; furto duplamente qualificado e contra o meio ambiente.
A operação conta com apoio do Ministério Público Estadual (Gaeco), Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Agência Nacional de Petróleo (ANP), Petrobras e Transpetro.