PM do Rio causou morte da menina Ágatha, confirma inquérito
Estudante de apenas 8 anos estava a caminho de casa, no Complexo do Alemão, quando foi atingida, no dia 20 de setembro
atualizado
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O disparo que provocou a morte da menina Ágatha Félix, de 8 anos, partiu da arma de um cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro. A garota foi morta há dois meses no Complexo do Alemão, quando voltava para casa com a mãe em uma kombi. Na ocasião, agentes realizavam uma operação e, até o momento, não se tinha certeza de onde saiu o disparo que matou a estudante.
A conclusão consta em inquérito da Polícia Civil, que deve ser enviado à Justiça nesta terça-feira (19/11/2019). A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) indiciou o policial militar por homicídio doloso. A corporação também pediu seu afastamento da UPP e a proibição de contato com qualquer testemunhas que não sejam policiais militares.
De acordo com o inquérito, houve um “erro de execução”. O objetivo não era atingir a criança, mas dar um “tiro de advertência” para forçar a parada de dois homens que estavam em uma motocicleta. Testemunhas ainda relataram que o policial estava sob forte tensão devido à morte de um colega dias antes do episódio.
Ágatha foi morta na noite de 20 de setembro. Um relatório do Instituto de Criminalista Carlos Éboli (ICCE) apontou, cinco dias depois, que um fragmento de projétil encontrado no corpo da vítima tinha ranhuras idênticas às do cano do fuzil usado pelo policial.
A bala teria acertado um poste primeiramente. Foi um estilhaço que atingiu as costas da estudante e a matou.