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PF investigará organização criminosa envolvida no caso Marielle

Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, acatou pedido da PGR para incluir a Polícia Federal na investigação

atualizado

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Marielle Franco - Metrópoles
1 de 1 Marielle Franco - Metrópoles - Foto: Mídia Ninja/Divulgação

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, confirmou nesta quinta-feira (1º/11) o pedido feito pela Procuradoria Geral da República (PGR) para investigar denúncias feitas em depoimentos no Rio Grande do Norte que podem ajudar nas investigações dos homicídios da vereadora Marielle Franco (PSol) e de seu motorista Anderson Gomes. Caberá à Polícia Federal a investigação.

Nesta quarta (31), a PGR pediu a Jungmann que a PF passasse a investigar novas suspeitas sobre o crime. Além disso, a procuradora-geral, Raquel Dodge, pede que a corporação também dê proteção à família de Marielle.

Jungmann informou que são “gravíssimas” denúncias feitas em dois depoimentos de suspeitos. Segundo o ministro, a PF vai apurar uma organização criminosa que estaria atrapalhando as investigações sobre o caso. “Estamos partindo do princípio de informações como nomes, valores, quantias”, declarou o ministro.

A suposta organização criminosa é composta por agentes públicos e milicianos. A PF vai apurar, também, suspeitas de fraudes em meio à investigação atual. No momento, o caso está sob a tutela da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

O crime
Marielle Franco e Anderson Gomes foram executados a tiros em 14 de março, no centro do Rio de Janeiro. O carro em que eles estavam foi seguido pelos assassinos após a vereadora deixar uma reunião com movimentos sociais. Uma assessora de Marielle, com identidade resguardada, foi atingida por estilhaços, mas sem gravidade. A servidora passou a ter segurança especial.

As investigações iniciais sobre o crime apontam motivações políticas. Marielle tinha a prática de denunciar abusos de agentes de segurança em locais pobres da capital fluminense. Dias antes de ser morta, a vereadora havia informado que homens do 41º Batalhão da Polícia Militar do Rio estariam aterrorizando a comunidade do Acari, na Zona Norte da cidade.

Irmã de Marielle, Anielle Franco, de 34 anos, alega correr risco no Brasil. Na última terça-feira (30/10), em entrevista à AFP, ela disse: “Como mulher, negra, tendo uma irmã homossexual, hoje eu estou em perigo”.

Homenagem
Desde a sua morte, a vereadora do PSol foi homenageada das mais diversas formas. Após uma placa em lembrança à Marielle ser destruída por políticos apoiadores de Jair Bolsonaro, um grupo virtual fez promoveu um ato e distribuiu outras mil. A ativista dos Direitos Humanos também foi homenageada em shows dos cantores Roger Waters e Katy Perry durante suas passagens pelo Rio de Janeiro.

Para o carnaval do ano que vem, a Estação Primeira de Mangueira lembrará Marielle Franco entre herois deixados em segundo plano pela história brasileira. A escola de samba colocará a vereadora ao lado de figuras como Dandara dos Palmares e Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar, figuras notabilizadas na luta pelos direitos dos negros brasileiros.

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