PF investiga suspeita de fraude na compra de testes para Covid-19 em RO
Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Porto Velho, Itajaí (SC), Balneário Camboriú (SC) e Rio de Janeiro
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (30/7) a Operação Polígrafo, que visa desarticular esquemas de fraudes na Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia (Sesau) para a aquisição de 100 mil kits de testes rápidos para diagnóstico do novo coronavírus. O valor total da contratação na mira dos investigadores passa dos R$ 10 milhões.
De acordo com a PF, foram identificadas irregularidades na dispensa de licitação para compra dos testes por não possuir registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, o superfaturamento do valor de cada unidade chamou a atenção dos agentes, principalmente quando comparado ao preço ofertado no chamamento público da Superintendência Estadual de Licitações (Supel).
Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Porto Velho, Itajaí (SC), Balneário Camboriú (SC) e Rio de Janeiro (RJ).
A Controladoria-Geral da União (CGU) também constatou indícios de favorecimento a uma empresa, assim como o pagamento adiantado de cerca de R$ 3 milhões, “sem apresentação de garantias suficientes para cobrir os riscos relacionados à entrega dos produtos. Esse montante foi bloqueado judicialmente na esfera cível, a pedido do Ministério Público, até a conclusão das investigações”. Além disso, a mesma empresa foi alvo da Operação Dispneia, que apurou irregularidades na venda de respiradores pulmonares à Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (CE).
Se comprovadas as irregularidades, os investigados vão responder pelos crimes de fraude à licitação, corrupção, peculato, falsidade ideológica e associação criminosa. De acordo com a CGU, até maio deste ano, Rondônia recebeu R$ 71,2 milhões do Fundo Nacional de Saúde para serem usados em ações de prevenção da Covid-19.