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PF faz operação para prender donos de universidade por fraudes no Fies

Também há suspeitas de comercialização de vagas e transferência de alunos do exterior, principalmente do Paraguai e da Bolívia

atualizado

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Polícia Federal
1 de 1 Polícia Federal - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta terça-feira (03/09/2019) a Operação Vagatomia para combater esquema de fraudes na concessão do Financiamento Estudantil do Governo Federal (Fies) em Fernandópolis (SP). Além disso, há indícios de comercialização de vagas e transferência de alunos do exterior — principalmente do Paraguai e da Bolívia — para o curso de medicina.

Agentes investigam ainda supostas fraudes no Programa Universidade para Todos (Prouni) e no exame Revalida. Entre os suspeitos, está o próprio dono e reitor da universidade, identificado pela polícia como o líder da organização criminosa.

A PF cumpre 11 mandados de prisão preventiva e 11 de temporária, 45 de busca e apreensão e 10 medidas cautelares, expedidos pela Justiça Federal de Jales (SP), em Fernandópolis, São Paulo, São José do Rio Preto, Santos, Presidente Prudente, São Bernardo do Campo, Porto Feliz, Meridiano, Murutinga do Sul, São João das Duas Pontes e Água Boa no Mato Grosso.

A Justiça determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados na ordem de R$ 250 milhões.

De acordo com denúncias que levaram à investigação, vagas para ingresso, transferência e financiamentos do Fies eram negociados por até R$ 120 mil por aluno. A PF estima que, nos últimos cinco anos, R$ 500 milhões dos programas de benefícios do governo foram concedidos de forma fraudulenta.

A polícia identificou que entre os que compravam as vagas e os financiamentos promovidos pelo governo federal estavam filhos de fazendeiros, servidores públicos, políticos, empresários e amigos dos donos da universidade. Todos eles, segundo a PF, com alto poder aquisitivo.

Os presos poderão responder por organização criminosa, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas de informação e estelionato. As penas podem chegar a 30 anos de reclusão.

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