PF faz operação para investigar compra de vagas em universidade
Agentes cumprem três mandados de busca e apreensão em Fernandópolis, na segunda fase da ação batizada de Vagatomia
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13/02/2020), a segunda fase da Operação Vagatomia, para apurar esquema criminoso de fraude em processos seletivos para ingresso em universidades.
Os agentes cumprem três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Jales, em São Paulo, na sede de uma instituição de ensino superior na capital paulista e no escritório e residência do reitor.
As investigações tiveram início após a PF e o Ministério Público Federal receberem denúncias sobre fraudes no Fies, o programa de financiamento estudantil do governo, além da comercialização de vagas no curso de medicina em um campus da universidade na cidade de Fernandópolis (SP).
Também foram denunciadas fraudes no exame Revalida, com o objetivo de avaliar o conhecimento de alunos que estudam ou estudaram medicina no exterior e querem atuar no país.
A primeira etapa da operação foi deflagrada em setembro do ano passado e prendeu integrantes da organização criminosa, entre eles o antigo reitor da instituição em Fernandópolis, que também é dono do grupo educacional.
Após a prisão, u novo reitor assumiu as funções. No entanto, ele “deu início a uma série de ofensas e ameaças à colaboradora das investigações, testemunhas e autoridades públicas responsáveis pela apuração dos crimes cometidos pela organização criminosa investigada na Operação Vagatomia”, de acordo com a PF.
O reitor afastado poderá responder pelos crimes de obstrução de investigação de organização criminosa e coação no curso do processo.