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PF faz operação para desarticular setor financeiro de facção criminosa

São cumpridos 52 mandados de prisão preventiva, 48 de busca e apreensão e 45 de sequestro de valores e bloqueio de contas em 18 cidades

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Reprodução/Polícia Federal
operação caixa-forte
1 de 1 operação caixa-forte - Foto: Reprodução/Polícia Federal

A Polícia Federal faz operação na manhã desta sexta-feira (09/08/2019) para combater o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua em todo o país. São cumpridos 52 mandados de prisão preventiva, 48 de busca e apreensão e 45 de sequestro de valores e bloqueio de contas em 18 cidades de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, além de presídios. Seis dos alvos estão detidos por outros crimes.

A Operação Caixa-Forte é realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que inclui a PF, as Polícias Civil e Rodoviária e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais. Os mandados foram expedidos pela Vara de Tóxicos de Belo Horizonte (MG).

De acordo com as investigações da PF, iniciadas em novembro de 2018, foi identificada uma seção bastante estruturada dentro da facção conhecida como “Geral do Progresso”. Esse setor, conforme a polícia indicou, era responsável por gerenciar o tráfico de drogas e lavar o dinheiro oriundo dos crimes praticados.

A PF informou ainda que contas bancárias de pessoas que não estariam ligadas ao PCC eram usadas para as transações. O grupo adotava a prática conhecida como “depósitos fracionados”, ou seja, fazia pequenos depósitos bancários em diferentes contas para lavar o dinheiro. Assim, não seriam levantadas suspeitas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Após esses depósitos, o dinheiro era transferido para outras contas ou sacado em caixas eletrônicos. A PF identificou 45 contas bancárias usadas para esse fim. Segundo os investigadores, a quantia movimentada ultrapassou os R$ 7 milhões.

Os presos podem responder pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas podem chegar a 33 anos de prisão.

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