PF encontra malas de dinheiro na casa de alvo da 76ª fase da Lava Jato
Ao todo, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (7/10), no Rio de Janeiro
atualizado
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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (7/10) nova fase da Operação Lava Jato para apurar suposto esquema de corrupção na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Esta é a 76ª fase da operação. A ação, batizada de Sem Limites III, cumpre três mandados de busca e apreensão nesta manhã, todos eles no Rio de Janeiro (RJ).
Na casa de um dos alvos, os agentes encontraram malas com dinheiro. No entanto, ainda não foi informado se a quantia pertence ao funcionário da Petrobras investigado.
A ação foi batizada de Sem Limites III e investiga crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro na área comercial da Petrobras, especialmente no comércio de bunker, como é conhecido o produto escuro usado como combustível de navio.
As apurações foram iniciadas após a deflagração da 57ª fase da Lava Jato, deflagrada no fim de 2018, segundo informações divulgadas pela Polícia Federal.
A ação prendeu integrantes de organização criminosa responsáveis pela prática de crimes envolvendo a negociação de óleos combustíveis e derivados entre a estatal e trading companies estrangeiras.
Executivos ligados a empresas estrangeiras investigadas celebraram acordos de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.
“Conforme narraram, com base em elementos probatórios por eles apresentados, funcionários da estatal, responsáveis pelas negociações de compra e venda de bunker e diesel marítimo, recebiam vantagens indevidas para favorecê-las nas negociações de fornecimento de combustíveis marítimos no varejo para abastecimento dos navios a serviço da empresa em portos estrangeiros”, explicou a PF.
Com parte das comissões geradas a partir da celebração das operações comerciais, os executivos teriam realizado os pagamentos dos funcionários públicos com auxílio de um operador financeiro.
Verificou-se que os funcionários da Petrobras, alvos desta fase, também repartiam os valores de propina com outros agentes públicos da Petrobras já denunciados pela Lava Jato.
Os investigados responderão pela prática, dentre outros, dos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e de lavagem de dinheiro.