PF e Interpol miram tráfico internacional de drogas em 6 estados e 3 países
Criminosos usavam “mulas”, que transportavam o entorpecente do Brasil, escondido nas bagagens, para Europa e Ásia
atualizado
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A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta quarta-feira (12/8) mandados judiciais contra uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas, especialmente para Europa e Ásia.
A principal forma de atuação, de acordo com os investigadores, era a utilização de “mulas”, que transportavam o entorpecente escondido nas bagagens.
A ação faz parte da segunda fase da Operação Olossá. São cumpridos 12 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão, na Bahia, Sergipe, Maranhão, Pará, São Paulo e Santa Catarina.
Entre os mandados de prisão, três são cumpridos no exterior, com o auxílio da Interpol: dois na Espanha e um na Tailândia.
A investigação teve início em maio do ano passado, a partir do aprofundamento de informações recebidas pelo serviço de Disque Denúncia da Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
Naquela ocasião, identificou-se que o proprietário de uma barraca de praia em Lauro de Freitas usava o estabelecimento para aliciar as “mulas”. Ele era o principal integrante da organização criminosa nessa função.
“Era ele, também, quem providenciava as passagens, documentos e dinheiro para o custeio da viagem”, detalhou a Polícia Federal.
Durante a investigação, 10 pessoas foram presas em flagrante quando tentavam embarcar para o exterior com cocaína escondida nas bagagens em aeroportos da Bahia, de São Paulo, de Pernambuco, do Ceará e do Paraná.
Além delas, outras três pessoas foram presas quando efetuavam a entrega de malas já preparadas, com a droga escondida para as “mulas”.
Em 10 de março deste ano, foi deflagrada a primeira fase da operação, com o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão e cinco de prisão nas cidades de Salvador e Ipiaú, na Bahia, e Ananindeua, no Pará.
A partir da análise do material apreendido na primeira fase, os policiais identificaram a liderança e integrantes do primeiro escalão da organização criminosa investigada, inclusive de pessoas que iniciaram como “mulas” e assumiram outros postos no esquema criminoso, mudando-se para o exterior para recepcionar os viajantes que chegavam do Brasil com a droga.
Os investigados vão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.