PF desarticula quadrilha que desmatava ilegalmente áreas do Pará
Somente na manhã desta quarta-feira (29/07) foram cumpridas 60 medidas cautelares, sendo 14 ordens de prisão
atualizado
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A Operação Carranca, que investiga a exploração ilegal de madeira no estado do Pará, foi deflagrada nesta quarta-feira (29/7) pela Polícia Federal (PF).
Ao todo, os agentes cumprem 60 medidas cautelares, são elas 14 ordens de prisão, sete mandados de afastamento do emprego ou função pública, quatro exigências de suspensão da atividade econômica, sete sequestro de bens e 28 mandados de busca e apreensão.
O grupo de criminosos que extraía ilegalmente madeira nos municípios de Brasil Novo, Medicilândia e Uruará foi dividido em quatro núcleos pelos investigadores. O primeiro, se refere aos que atuavam na linha de frente da atividade. Em seguida, foram enquadrados os que financiavam a cadeia de extração e, em terceiro, servidores públicos das secretarias de Meio Ambiente, além de demais pessoas suspeitas de usar a função pública para favorecer e acobertar os crimes.
O quarto núcleo identificado pelos investigadores é composto por policiais que realizavam fiscalização ilegal na rodovia Transamazônica, cobrando vantagem dos caminhoneiros como condição para prosseguirem viagem. Eles também são suspeitos de passar informações sobre a fiscalização rodoviária aos que transitavam no local.
Dentre os alvos do quarto grupo, há um servidor público federal e outros do estado do Pará, além de batedores caminhoneiros que repassavam informações.
A Operação teve início em 2016, a partir de denúncias sobre as atividades. Entre os crimes investigados, estão exploração econômica de floresta nativa em terra de domínio público, fornecimento de nota fiscal em desacordo com a legislação, parte ou financiamento de organização criminosa, recebimento de madeira para fins comerciais sem exigir a exibição da licença, falsidade ideológica, associação criminosa, corrupção passiva, prevaricação, peculato, violação de sigilo funcional e concussão.