PF deflagra operação contra facção criminosa que atuava em presídios
Policiais cumprem 45 mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão nos municípios de Boa Vista (RR) e em Mossoró (RN)
atualizado
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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (27/11) a Operação Érebo. O objetivo, segundo a PF, é desarticular lideranças regionais de facção criminosa que atua dentro e fora do sistema prisional em todo o país. Os policiais federais cumprem 45 mandados de prisão preventiva e 4 mandados de busca e apreensão, no município de Boa Vista (RR) e em Mossoró (RN). As decisões foram expedidas pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas da Justiça Estadual em Roraima.
De acordo com a PF, as investigações, iniciadas em 2017, identificaram e mapearam a estrutura da organização criminosa em Roraima, monitorando as principais lideranças que agiam no estado. “Os elementos angariados em inquérito policial permitiram a identificação dos mentores responsáveis pelos diversos atentados que ocorreram em Roraima entre 29 e 31 de julho deste ano, além do cometimento de outros crimes, principalmente o próprio crime de participação em organização criminosa, o tráfico de drogas e a associação para o tráfico”, informa a corporação.
Segundo a investigação, no período foram realizados ataques a diversos órgãos públicos e empreendimentos particulares em vários municípios do estado, inclusive a uma delegacia de polícia e a um destacamento da PM.
“As ordens para os atentados partiram de dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, maior penitenciária de Roraima, e foram dadas após a autorização do responsável pela organização no Estado, que se encontrava preso no Presídio Estadual de Piraquara, no Paraná”, aponta a PF.
A PF diz ainda que o monitoramento dos líderes na região permitiu que os policiais federais, em parceria com outros órgãos de segurança pública do estado (a PM e a Divisão de Inteligência e Captura da Secretaria de Justiça de Roraima) impedisse o acontecimento de outros atentados planejados pelos investigados.
Dois atos foram impedidos, segundo a PF. “Um incêndio do pátio onde ficam os ônibus de transporte coletivo de Boa Vista e a destruição dos veículos e maquinários envolvidos com a coleta e o processamento de lixo do estado”. Foi bloqueada também, de acordo com a investigação, uma fuga em massa da Penitenciária Agrícola programada para 29 de julho deste ano.
A operação, informa a PF, contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate a Organizações Criminosas (GAECO) do Ministério Público do Estado de Roraima, do Departamento Penitenciário Nacional, da Divisão de Inteligência e Captura e de Agentes Penitenciários da Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima. (Com informações da Polícia Federal)