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PF deflagra, em Roraima, operação contra candidaturas laranjas

Objetivo da Operação Títeres é investigar associação criminosa responsável por fraudes e desvios de recursos públicos do Fundo de campanha

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Já está sob elaboração um edital que contemplará cerca de 2 mil vagas para a Polícia Federal
1 de 1 Já está sob elaboração um edital que contemplará cerca de 2 mil vagas para a Polícia Federal - Foto: Rafaela Felicciano/ Metropoles

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (11/12/2019) a Operação Títeres, que tem o objetivo de investigar associação criminosa que seria responsável por fraudes e desvios de recursos públicos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha durante o pleito eleitoral de 2018.

O nome da operação, segundo a PF, faz referência aos títeres, fantoches movidos por terceiros por meio de cordéis ou manipulação direta das mãos de seu operador.

Policiais Federais cumprem seis mandados de busca e apreensão em Boa Vista, Roraima. Os mandados foram expedidos pela justiça da 1ª Zona Eleitoral de Roraima, após representação da Autoridade Policial pelas medidas e manifestação favorável do Ministério Público Eleitoral.

As investigações tiveram início após constatação de que alianças envolvendo o PRP e o PSL, além de outros, em Roraima, obteve um índice de “custo de votos em reais” referente às candidatas ao cargo de deputado federal ou estadual vinte vezes superior à média brasileira.

Com a análise dos dados, a PF identificou candidatas aos referidos cargos que, apesar dos recursos recebidos, obtiveram um número irrisório de votos. Uma candidata específica teria recebido quase R$ 105.000,00 e obtido apenas 9 votos, por exemplo.

Os indícios constantes no Inquérito Policial apontam que se tratariam de candidatas “laranjas”, que seriam utilizadas para obtenção de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha para o grupo criminoso.

Tais recursos seriam, então, destinados a candidatos que efetivamente disputariam o pleito ou utilizados para pagamentos de empresas de fachadas, ou por serviços que não teriam sido executados.

Apesar das candidatas investigadas serem de um partido político, a maior parte dos recursos destinados a elas seria oriunda de outro partido que participava de mesma coligação à época.

A autorização e execução da transferência de recursos do Fundo de Financiamento Especial de Campanha dependeria da presidência estadual dos partidos, bem como deles também dependeriam a escolha de candidatos e aprovação de suas respectivas prestações de contas.

Os principais crimes investigados são participação em associação criminosa, a falsidade ideológica eleitoral e a apropriação de valores do financiamento eleitoral, crimes cujas penas, somadas, podem chegar a 14 anos.

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