PF cumpre mandado de prisão contra secretário de Saúde do Amazonas
Quarta fase da Operação Sangria investiga fraude a licitação e desvio de recursos públicos em contratos na Saúde do Amazonas
atualizado
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O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo (foto em destaque), é alvo de mandado de prisão, na manhã desta quarta-feira (2/6). Ele não foi encontrado e é considerado foragido. A Polícia Federal (PF) realiza a quarta fase da Operação Sangria, que apura fraude e desvios em contratos relacionados à pandemia de Covid-19, firmados pelo governo do estado.
No total, os agentes federais cumprem seis mandados de prisão e outros 19 de busca e apreensão. O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), também é investigado na ação. A operação é realizada em Manaus (AM) e em Porto Alegre (RS).
Segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas teriam realizado contratação fraudulenta em um hospital de campanha, para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do governo do estado.
Outro lado
Em nota, o governo do Amazonas informou que é de total interesse do estado que os fatos relacionados às investigações em curso sejam esclarecidos.
“O governador Wilson Lima reitera que, desde o início da pandemia de Covid-19, sua gestão está voltada a preservar a saúde do povo do Amazonas e a salvar vidas, tendo determinado aos gestores estaduais que empreguem todos os esforços possíveis com esse objetivo, sempre pautando as ações públicas pelos princípios da legalidade e da transparência”, assinalou.
O governo alegou também que todos os investimentos feitos no enfrentamento da pandemia têm obedecido os trâmites legais de contratação de bens e serviços, sendo acompanhados de perto inclusive pelos órgãos de controle e também com prestação de contas.
“O governador Wilson Lima reafirma que se mantém à disposição das autoridades competentes para esclarecimentos sobre as ações de seu governo e reitera que está convicto de que não cometeu qualquer ilegalidade e que confia na Justiça”, finalizou.