PF combate venda irregular de remédios e anabolizantes em seis estados
A movimentação financeira mensal das organizações criminosas é estimada em R$ 2 milhões. Há suspeita de envolvimento de policiais
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (23/6), a Operação Proteína para desarticular três grandes organizações criminosas investigadas por comercializar irregularmente anabolizantes e outras drogas, como medicamentos anorexígenos (induzem a falta de apetite). Mais de 320 policiais federais cumpriram 30 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
A movimentação financeira mensal das organizações criminosas é estimada em R$ 2 milhões. Chamou a atenção da polícia o alto grau de estruturação dos grupos, inclusive com a participação de servidores de órgãos de segurança pública. Policiais federais, civis e militares são investigados na Operação Proteína.
Segundo a PF, a operação teve início em julho de 2016 com base em informações que indicavam o comércio irregular de anabolizantes e outras substâncias ilícitas em academias, lojas de suplementos alimentares e por particulares no município de Rio Grande (RS).As investigações também demonstraram que uma parcela do anabolizante irregular consumido no Sul era fornecida por três organizações criminosas estabelecidas na cidade de São Paulo. A PF informou que esses grupos eram responsáveis pela importação irregular de anabolizantes e medicamentos fabricados no Paraguai, na Argentina, na Índia e em outros países, e por sua distribuição em diversos estados brasileiros, sem o devido registro na Anvisa.
Há indícios de falsificação e comercialização de medicamentos adulterados, como hormônios de crescimento, e de aquisição de anabolizantes no mercado interno, de forma fraudulenta, desviados para revenda clandestina.