metropoles.com

Paraisópolis: “O corpo está muito machucado”, diz irmã de vítima

O cenário no IML, onde os parentes foram buscar os corpos, era de desolação. Havia gritos e choros daqueles que perderam entes queridos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Yago Sales/Esp. para o Metrópoles
PARAISOPOLIS-7
1 de 1 PARAISOPOLIS-7 - Foto: Yago Sales/Esp. para o Metrópoles

O corpo de uma das vítimas da tragédia que resultou em nove mortos na favela de Paraisópolis, em São Paulo, estava muito machucado. O relato sobre o estado de Bruno Gabriel dos Santos, de 22 anos, foi feito pela sua irmã, Vanine Cristiane Siqueira, de 39, que foi até o Instituto Médico Legal (IML) para dar início aos cortejos fúnebres.

“Eu queria ver o corpo para saber se tinha bala”, contou Vanine ao deixar a sala do necrotério do IML após reconhecer o corpo do irmão.

“É preciso averiguar porque esses jovens. Escutei que eram todos bandidos. Meu irmão não era qualquer um. Não é assim, não. Vou Até o fim para descobrir a verdade”, prosseguiu, antes de lamentar: “ele estava muito, muito machucado”.

Com a fala pausada, ela intercalava a descrição com momentos de silêncio e soluços para controlar as lágrimas.

Na parte de dentro do IML, ouvia-se gritos e choros altos dos parentes que estavam atrás de resgatar os corpos dos seus parentes.

5 imagens
O líder comunitário Valdemir José Trindade defende que haja um espaço para o baile, um dos poucos espaços de lazer da comunidade
Vista de Paraisópolis, em São Paulo
José Maria, presidente da União em Defesa da Moradia na comunidade, critica o modus operandi da Polícia Militar
1 de 5

A diarista Ana Costa, 49 anos, que mora na rua do baile. "Aqui as pessoas têm medo".

Yago Sales/Esp. para o Metrópoles
2 de 5

O líder comunitário Valdemir José Trindade defende que haja um espaço para o baile, um dos poucos espaços de lazer da comunidade

Yago Sales/Esp. para o Metrópoles
3 de 5

Vista de Paraisópolis, em São Paulo

4 de 5

José Maria, presidente da União em Defesa da Moradia na comunidade, critica o modus operandi da Polícia Militar

Yago Sales/Esp. para o Metrópoles
5 de 5

Yago Sales/Esp. para o Metrópoles

Reconhecimento
As famílias das vítimas começaram a reconhecer os corpos das nove pessoas que morreram em uma confusão durante baile funk na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo. A tragédia ocorreu na madrugada desse domingo (01/12/2019), como resultado de uma ação da Polícia Militar.

A primeira vítima a ser reconhecida foi identificada como Marcos Paulo Oliveira dos Santos. O adolescente tinha 16 anos, era estudante e morava no Jaraguá, Zona Norte de São Paulo.

De acordo com a família, foi a primeira vez que Marcos foi ao baile funk de Paraisópolis. Os parentes não sabiam que ele tinha ido. O rapaz havia dito para a avó que ia comer pizza com os amigos.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?