PA: PF mira fraude em contratos entre organizações sociais e hospitais
Ao todo, são cumpridos 60 mandados de prisão temporária e preventiva e 95 de busca e apreensão no PA, SP, GO, CE, AM, RJ ES e MT
atualizado
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A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta quarta-feira (18/8), a Operação Reditus, segunda fase da Operação SOS, contra desvio de recursos públicos da Saúde no Pará. A ação mira contratos de organizações sociais para a gestão de hospitais.
Ao todo, 400 policiais, além de servidores da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), cumprem 60 mandados de prisão temporária e preventiva e 95 de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pela 4ª Vara Federal Criminal e são cumpridas nos estados do Pará, São Paulo, Goiás, Ceará, Amazonas, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso.
De acordo com a PF, os contratos investigados ultrapassam R$ 1,2 bilhão e envolvem quatro organizações sociais, cinco hospitais regionais e quatro hospitais de campanha montados para o enfrentamento da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
“O governo estadual efetuava repasses de verba às organizações sociais contratadas e estas subcontratavam outras empresas para prestarem serviços nas unidades de saúde geridas pelo grupo criminoso, prática conhecida como ‘quarteirização’”, informou a PF.
As investigações apotaram que os serviços subcontratados eram superfaturados ou não eram prestados, “permitindo que a verba que deveria ser destinada à aquisição de bens ou serviços retornasse para os integrantes da organização criminosa por meio de um complexo esquema de lavagem de dinheiro”.
A Justiça determinou também a suspensão das atividades de duas empresas que seriam usadas para a lavagem de dinheiro, o sequestro de bens móveis e imóveis que pertencem ao principal operador financeiro do esquema, no valor de R$ 150 milhões, e o bloqueio de valores nas contas bancárias dos investigados, que somam mais de R$ 800 milhões.