Mulher quase tem orelha arrancada por mordida durante agressões do namorado
A vítima contou que o relacionamento com o pintor durou um ano e meio e foi marcado por brigas por causa de ciúmes dele
atualizado
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Após diversas brigas, uma auxiliar de serviços gerais de 32 anos quase teve a orelha decepada por uma mordida do namorado, um pintor de 37 anos. A violência aconteceu na noite deste domingo (12/7) no bairro Jardim Carapina, na Serra, Grande Vitória (ES). O agressor foi preso.
De acordo com o G1, a mulher afirmou que o relacionamento de um ano e meio e foi marcado por brigas por causa de ciúmes dele, mas que nunca tinha sido agredida antes. A vítima também relatou que as agressões começaram depois de ele ter bebido. Ele a acusou de traição e a espancou.
“Ele tava com os amigos dele no bar bebendo e, quando chegou em casa, eu fui na casa dele. Quando eu cheguei lá, ele começou a dizer que alguém falou que eu tinha traído ele. Ele começou a fazer as agressões. Eu não esperava. Dessa vez não teve nem discussão. Ele me deu muito soco, mordida, apertou meu pescoço”, disse a vítima.
Durante a agressão a mulher ainda conseguiu gritar para pedir ajuda aos familiares dela que moram perto da casa do agressor. “Ele me agrediu mais ainda para eu poder parar de gritar. Eu pensei que eu fosse morrer. Em um momento cheguei a ficar tonta, mas, se eu desmaiasse, ele iria me matar. Então, eu criei força para continuar me defendendo”, afirmou.
A fuga
A vítima conseguiu escapar após dar um chute no agressor. Por causa do estado de embriaguez, ele caiu e ela conseguiu sair de dentro da casa. Depois de fugir, ela pediu a ajuda dos familiares, que chamaram a Polícia Militar.
“Quando ele percebeu, eu já estava aqui no portão e ele disse que eu podia ir embora. Meu pai estava no portão e eu chamei ele. Quando eu comecei a chorar, a minha mãe veio e eu contei tudo que tinha acontecido e ela e minhas irmãs chamaram a polícia”, revelou.
A Polícia Militar foi até o local e prendeu o agressor. O caso foi registrado no plantão da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Vitória.
“Nunca pensei que seria agredida”
A mulher agredida era amiga da auxiliar de serviços gerais Maria Madalena, de 38 anos, assassinada em junho de 2019 pelo ex-marido na frente da família, quando seguia para o trabalho.
Ela relatou que nunca pensou que seria agredida, e sempre disse para Madalena não ficar com o marido agressor.
“Na época que ela era agredida eu falava que tinha que tomar cuidado, que tinha que ir na delegacia. Ela foi, tinha Boletim de Ocorrência contra ele. Eu nunca aceitei, eu nunca concordei com agressão contra mulher”, conta a auxiliar.