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MPF dá 10 dias para PF explicar circunstâncias da morte de João Pedro, 14

Outro pedido também foi enviado ao MPF no Rio para que acompanhe as investigações sobre a morte ocorrida durante operação policial

atualizado

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Arquivo Pessoal
João Pedro Mattos, 14 anos, morto em operação policial no Rio de Janeiro
1 de 1 João Pedro Mattos, 14 anos, morto em operação policial no Rio de Janeiro - Foto: Arquivo Pessoal

A Câmara de Controle Externo da Atividade Policial e do Sistema Prisional do Ministério Público Federal (7CCR/MPF) pediu informações à Polícia Federal no Rio de Janeiro sobre a operação que resultou na morte de João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, na segunda-feira (18/05), no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana da capital fluminense. O pedido foi feito em ofício encaminhado à Superintendência nesta quinta-feira (21/05).

Em outro ofício, o órgão colegiado pediu que o Ministério Público Federal, no Rio de Janeiro, apure as circunstâncias do crime, inclusive a possibilidade de ocorrência de ocultação de cadáver.

À Polícia Federal, o MPF solicitou cópia de documentos e detalhes da operação. No documento, a 7CCR questionou se o adolescente João Pedro foi socorrido ou transportado a alguma unidade de saúde por agentes da Polícia Federal. Questionou ainda se houve procedimento interno para apuração das circunstâncias da morte do jovem.

Al[em disso, foram pedidos uma cópia dos registros audiovisuais da operação captados pela Polícia Federal, se existentes; dados sobre a delegacia responsável; objetivos da operação; nomes dos agentes envolvidos; distribuição de tarefas entre as forças de segurança que participaram da operação, dentre outras informações pertinentes para elucidação dos fatos.

A Polícia Federal tem dez dias para responder os questionamentos.

Já no documento remetido ao MPF no Rio de Janeiro, a 7ª Câmara pede para que a instituição informe o órgão sobre o andamento das eventuais medidas tomadas e pede para que as investigações sejam acompanhadas pelo MPF no estado.

Os documentos são assinados pelo coordenador da 7ª Câmara, subprocurador-geral da República Domingos Sávio da Silveira, e pelo procurador regional da República Marcelo de Figueiredo Freire, membro da 7CCR e coordenador do Grupo de Trabalho Interinstitucional de Defesa da Cidadania.

João Pedro Matos recebeu um tiro de fuzil na barriga enquanto brincava com os primos na casa da família, no Complexo do Salgueiro. Policiais removeram o corpo do garoto da cena do crime, porém não avisaram o paradeiro para a família. Parentes relatam que passaram a noite procurando o jovem em hospitais. Ele só foi encontrado 17 horas depois, no Instituto Médico Legal (IML), já sem vida.

De acordo com parentes do menino, os policiais levaram os celulares da vítima e dos outros jovens que estavam com ele no local. A família também nega a versão de que houve troca de tiros.

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