metropoles.com

Mourão sobre Amazônia: Brasil é alvo de “pressões sem bases científicas”

O general afirma que alguns países, principalmente europeus, fazem críticas injustas ao Brasil

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Bruno Batista/ VPR
Mourão na Amazônia
1 de 1 Mourão na Amazônia - Foto: Bruno Batista/ VPR

Sem citar nomes, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), tornou a alfinetar, nesta sexta-feira (8/10), grupos que pressionam o Brasil e outros países da América Latina a tomar ações tendo em vista a preservação da floresta amazônica. Segundo Mourão, algumas nações acusam o governo brasileiro “sem bases científicas” e tentam transferir as responsabilidades de barrar os avanços do desequilíbrio climático.

“Ao se aproximarem as conferências sobre mudanças climáticas e biodiversidade, e frente às pressões sem bases científicas que buscam indevidamente transferir aos nossos países a responsabilidade das ações necessárias para reverter os processos nocivos das mudanças climáticas e da perda da biodiversidade, devemos nos articular e nos unir para que a voz dos países em desenvolvimento, em particular a nossa, amazônicos, seja escutada de maneira clara e coerente”, disse o general na 3ª Cúpula Presidencial de Países Amazônicos.

“Mais do que qualquer outro grupo de países, estamos comprometidos com o bem-estar de toda a população amazônica, desde as comunidades indígenas e tradicionais até os trabalhadores urbanos, desde os agricultores familiares até os empresários e industriais. Reforcemos nossa determinação comum e nossos objetivos de desenvolvimento sustentável”, continuou o vice-presidente.

O general, que também preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal (Cnal), acredita que os países, principalmente os europeus, criticam as políticas públicas para a preservação ambiental da Amazônia porque levam em conta quem está à frente do governo brasileiro. Ao mesmo tempo em que Mourão se esforça para obter incentivos financeiros para a promoção do desenvolvimento sustentável da região, ele critica a insistência nos pedidos.

Em agosto, durante o Seminário Ações Estratégicas para a Defesa dos Interesses Nacionais na Questão Ambiental do Instituto General Villas, o general teceu duras críticas ao que ele classificou como “intervenções internacionais”.

“Quando a gente fala sobre sofrer consequências, a gente fala sobre intervenção. A intervenção refere-se sobre atuações externas que influenciam os assuntos internos de outro estado soberano”, declarou Mourão, na ocasião.

“Os menos coercitivos são os discursos. Quando a gente vê discursos de líderes de outros países se referindo a problemas da Amazônia é uma forma de intervenção. O seguinte passo é a propaganda, como nós vemos acontecer hoje na comunidade internacional, uma propaganda negativa em relação aquilo que é a realidade na Amazônia brasileira”, elencou o vice-presidente.

No mesmo dia, Mourão também declarou que o fato de o governo atual ser de “direita” o torna alvo desse tipo de questionamento por parte da esquerda internacional.

“Agora, temos problemas na Amazônia com a ocupação que é predatória e temos que corrigir. Existem os interesses políticos. É aquela articulação da esquerda mundial contra o governo do presidente Bolsonaro, por ser um governo de direita. Acho que todo mundo tem que entender o seguinte: ganhou eleição, assumiu, vamos governar e vamos colocar em prática aquilo que é o programa que foi pensado”, defendeu Mourão.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?