Médico preso é suspeito de abuso sexual de pelo menos 10 mulheres
As investigações tiveram início em setembro, quando uma paciente, de 23 anos, registrou formalmente os abusos
atualizado
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O ginecologista José Adagmar Pereira de Moraes, de 41 anos, foi preso suspeito de cometer abusos sexuais contra pacientes em clínicas de Suzano e na zona leste de São Paulo. De acordo com a investigação, ele pode ter abusado de pelo menos 10 mulheres.
Outras três mulheres procuraram a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Suzano desde a prisão do médico, na segunda-feira (5/10). O caso está sendo investigado. As informações são do R7.
De acordo com a reportagem, o ginecologista é investigado por suspeita de ter cometido abuso sexual em, pelo menos, cinco mulheres em São Paulo e outras cinco no estado de Pernambuco.
A primeira denúncia foi feita no início de setembro, a vítima que registrou formalmente os abusos é uma mulher de 23 anos. A partir desse relato, uma segunda jovem, de 19 anos, procurou a DDM de Suzano.
As informações das jovens motivaram o processo de investigação que acarretou em um pedido de prisão preventiva contra José Adagmar.
Relato
Em um dos relatos, uma paciente conta que durante uma consulta informou ao médico sobre os sintomas que vinha sentindo. Em resposta, o ginecologista afirmou que o problema não era físico, mas psicológico.
Na ocasião, ele sugeriu que a jovem tivesse mais relações sexuais, inclusive com outros parceiros. Então, o médico começou a tocá-la de forma inapropriada e abusiva.
Os boletins de ocorrência de São Paulo foram registrados como violação sexual mediante fraude, de acordo com o artigo 215 do Código Penal. É o que afirma a delegada Silmara Marcelino, da DDM de Suzano.
A delegada também teria pedido à Justiça de São Paulo a prisão temporária do médico por 30 dias. Porém, o juiz entendeu que, nesse caso, caberia a prisão preventiva, cuja detenção é por tempo indeterminado.
Então, os investigadores se dirigiram até a clínica em que o médico trabalhava e o prenderam na manhã de segunda. A delegada afirma que o suspeito tinha registro profissional regular no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
De acordo com o órgão, todas as sindicâncias e processos éticos tramitam sob sigilo determinado por lei. Por isso, não seria possível divulgar informações sobre o caso.