Marielle: polícia busca arma do crime em cisternas de condomínio
Mergulhadores da Polícia Civil inspecionaram 27 pontos da rede de esgoto de um residencial construído pela milícia. Nada foi encontrado
atualizado
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Na Zona Oeste do Rio de Janeiro, mergulhadores da Polícia Civil inspecionaram 27 cisternas e a rede de esgoto de um condomínio no Anil, em Jacarepaguá, na manhã desta quarta-feira (12/02/2020). Eles buscavam a arma que teria sido usada nas mortes da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes. Nada foi encontrado. Detalhe: o residencial foi construído pela milícia. São informações do jornal Extra.
A ação foi realizada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
A operação cumpriu mandado de busca e apreensão no local para checar informações da possível localização da arma usada no crime. Os agentes apreenderam munição, carregador de pistola e um carro de luxo para verificação. Foi instaurado um procedimento para apurar a propriedade do material e o veículo será periciado.
Local irregular
O condomínio onde a Polícia Civil esteve nesta manhã fica em uma das principais vias do Anil e foi erguido pela milícia em área que deveria ser de mata. As casas e prédios foram construídos sem empreiteira.
O local fica a cerca de 6 km da Muzema, onde dois prédios irregulares desabaram em março de 2019, matando 24 pessoas.
Atualmente, há investigações no Ministério Público do Rio que apuram e tentam identificar todos os milicianos envolvidos na expansão imobiliária irregular da região.
Segundo o órgão, os grupos que atuam no Anil, na Muzema e em Rio das Pedras estão conectados.