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Marcello Siciliano sobre caso Marielle: “Acusação maligna”

Vereador foi novamente alvo de busca e apreensão da Polícia Civil. Ele é suspeito de ser um dos mandantes do crime

atualizado

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Tomaz Silva/Agência Brasil
MarcelloSiciliano
1 de 1 MarcelloSiciliano - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Depois de não ser encontrado em sua casa e no gabinete da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, o vereador da capital fluminense Marcello Siciliano (PHS) compareceu na manhã desta sexta-feira (14/12) à Polícia Civil e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos.

Ele é um dos alvos de mandado de busca de apreensão do Ministério Público do Rio de Janeiro, que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorismo Anderson Gomes, ambos mortos em março deste ano.

Ao chegar à Cidade da Polícia, Siciliano afirmou estar “revoltado” por ser novamente ser associado ao crime. “Continuo indignado com essa acusação maligna que fizeram a meu respeito. Estou me colocando à disposição da Justiça mais uma vez. Quero que isso se resolva, minha família está sofrendo, tenho certeza que a família da Marielle não merece isso, merece a verdade”, disse ao enfatizar que tentam fazer com ele uma “covardia”.

Marcello Siciliano é empresário da área de construção civil, novato na política, pouco conhecido até dos próprios colegas da Câmara. Ele foi eleito com forte votação na zona oeste, um tradicional reduto de milícias.

Na manhã desta sexta-feira (14/12), a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do vereador, no Recreio dos Bandeirantes e em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no Centro.

O vereador já foi apontado por uma testemunha como um dos mandantes do crime, em maio deste ano. Ele chegou a prestar depoimento na ocasião, negando sua participação. Na tese da polícia, o miliciano Orlando Araújo, conhecido como Orlando de Curicica, ligado a Siciliano, seria também um dos articuladores dos assassinatos.

A operação de prisão de suspeitos do crime teve início na quinta (13/12). Equipes da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro cumpriram 15 mandados de busca e apreensão e de prisão relativos à investigação em diversos municípios.

Em entrevista ao jornal Estado, general Richard Nunes, secretário da Segurança do Rio, afirma que a vereadora foi morta porque milicianos acreditaram que ela poderia atrapalhar os negócios ligados à grilagem de terras na zona oeste do Rio. Segundo ele, o crime era planejado desde 2017. O vereador, que estaria envolvido em grilagem de terras, é suspeito de envolvimento na morte de Marielle.

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