Maior traficante de armas do Brasil é preso nos Estados Unidos
Com a detenção do carioca, polícia americana conseguiu barrar o envio de 40 fuzis para o Brasil
atualizado
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O carioca Frederik Barbieri, conhecido como o maior traficante de armas do Brasil, foi preso na noite desta sexta-feira (23/2) em Miami, nos Estados Unidos. O criminoso, apontado como responsável pelo carregamento de 60 fuzis apreendidos no ano passado no aeroporto do Galeão, foi detido pelo Serviço de Imigração e Alfândegas dos Estados Unidos (ICE) em sua casa na cidade norte-americana. As informações são do jornal O Globo.
A prisão foi possível graças ao intercâmbio de informações entre agentes da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas e órgãos americanos. Os investigadores brasileiros chegaram a viajar para Miami, onde compartilharam dados e realizaram análises.Com a prisão do traficante, a polícia americana conseguiu impedir o envio de 40 fuzis destinados ao Brasil. Barbieri tinha dois mandados de prisão contra ele na justiça brasileira.
“A prisão foi muito importante para acabar com um esquema sofisticado de envio de armas de guerra dos Estados Unidos para o Brasil. A captura possível devido a uma intensa troca de informações da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Desarme e DRFC) com as Polícias da Flórida e a ICE/HSI. Acreditamos que, com a prisão de Barbieri, a organização criminosa está desmantelada”, afirmou o delegado Fabrício Oliveira, titular da Desarme, ao jornal O Globo.
Apreensão de fuzis
O traficante é apontado como responsável pelo carregamento de 60 fuzis escondidos em uma carga de aquecedores de piscina apreendido em maio do ano passado. O episódio é conhecido como a maior apreensão da arma no aeroporto do Galeão nos últimos dez anos. Entre os armamentos, foram encontrados fuzis de uso especial como AK-47, AR-10 e G3.
A polícia alega que Barbieri entrou para o crime há cerca de 20 anos, negociando armas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Depois de conseguir o green card, o traficante teria se mudado para a Flórida com a família.