Mãe de advogada assassinada será investigada: mandou limpar o sangue
Izadora Santos Mourão, de 41 anos, foi encontrada morta nesse sábado com perfurações no pescoço. Irmão dela é suspeito e foi preso
atualizado
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Familiares do jornalista João Paulo Mourão também serão investigados pelo assassinato de sua irmã, a advogada Izadora Santos Mourão, de 41 anos, encontrada morta nesse sábado (13/2), em Pedro II, no Piauí.
Bacharel em direito, João Paulo foi preso no fim desta tarde por agentes da Polícia Civil do Piauí (PCPI) que investigam a morte da advogada.
A mãe dos irmãos, identificada como Maria Nerci, teria acobertado o crime, segundo informou Francisco Baretta, coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
“Primeiramente, foi construída uma história, por ele [João Paulo] e pela mãe dele, de que a advogada teria sido morta por uma mulher, possivelmente uma vendedora de roupas”, conta ao Metrópoles.
Para isso, a mãe teria contratado uma faxineira para limpar o sangue no quarto da vítima. E pediu à empregada que, se questionada, dissesse que João Paulo estava dormindo em outro quarto, no momento do crime.
“A mãe dele acobertou, inclusive criando esse álibi. Quando ela vê a moça morta, ao invés de chamar a polícia ou o pronto-socorro, liga para a faxineira. Tudo muito frio, muito arquitetado”, relata Baretta.
“Para a polícia, a faxineira realmente contou a verdade e disse que foi contratada para lavar o quarto”, complementa.
Falso álibi
O “falso álibi” criado pela mãe não foi confirmado pelos investigadores. O delegado disse ter recebido informações de que ninguém havia entrado na casa onde mora a família após as 6h de sábado.
Além disso, foram realizadas perícias no quarto do rapaz que identificaram manchas de sangue da vítima. Também foram encontradas duas facas nas casas da tia e do primo do suspeito – eles também serão ouvidos.
“Foram praticamente sete perfurações. Ele usou duas facas e as escondeu na casa da tia e do primo dele”, completa o delegado.
Autuado em flagrante, João Paulo foi levado para uma delegacia em Teresina, na capital, por questões de segurança. A PCPI terá 10 dias para individualizar a conduta da mãe, da tia e do primo do suspeito.