Lava Jato: PF faz operação contra favorecimento da JBS na Receita
Análises das movimentações financeiras entre os envolvidos indicam o recebimento de aproximadamente R$ 160 milhões em propinas
atualizado
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A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita Federal do Brasil deflagraram, na manhã desta segunda-feira (11/12), a Operação Baixo Augusta, que apura o favorecimento para a JBS por um auditor-fiscal, afastado do cargo por decisão da Justiça Federal. O servidor, que teve a identidade preservada, é suspeito de receber propina da empresa dos irmãos Batista para beneficiá-la com a antecipação ilícita do pagamento de créditos tributários do Fisco.
Homens da PF e da Receita cumprem 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 10ª Vara Criminal Federal de São Paulo em residências e empresas de São Paulo, Caraguatatuba, Campos do Jordão, Cotia, Lins e Santana do Parnaíba. Além do auditor da Receita, oito pessoas físicas e jurídicas tiveram seus bens bloqueados.
As provas colhidas até o momento apontam para um esquema de pagamento de propinas que funcionou de 2004 até este ano, pelo qual um auditor-fiscal seria pago para agilizar, ilicitamente, a liberação de recursos que a JBS teria a receber do Fisco a título de créditos tributários.
Análises das movimentações financeiras entre os envolvidos indicam o recebimento de aproximadamente R$ 160 milhões em propinas nos últimos 13 anos. Há indícios de que as transações ocorriam por meio de empresas de fachada e a emissão de notas fiscais falsas.