Lava Jato: PF apura irregularidades na contratação de navios pela Petrobras
Ao todo, os agentes cumprem 25 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em São Paulo e Sergipe
atualizado
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A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta quarta-feira (23/9), a Operação Boeman, a 75ª fase da Operação Lava Jato, para investigar crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro na contratação pela Petrobras para o fornecimento de navios lançadores de linha.
Os contratos foram feitos em 2011 com a empresa Sapura, no Grupo Seadrill, no valor de cerca de R$ 13,5 bilhões (US$ 2,7 bilhões).
Ao todo, os agentes cumprem 25 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em São Paulo e Sergipe. As ordens judiciais também determinam o bloqueio de valores “até o limite dos prejuízos identificados até o momento”.
As investigações do Ministério Público Federal (MPF) são decorrentes do acordo de colaboração premiada de lobistas que atuavam junto a funcionários da Petrobras e políticos com influência na estatal.
De acordo com a PF, “verificou-se que a um dos investigados coube a obtenção indevida de informações privilegiadas junto a setores técnicos da Petrobras para a formulação das propostas vencedoras do certame licitatório”.
Do outro lado, os colaboradores deveriam garantir, por meio do contato com políticos, a participação de empresas estrangeiras no processo competitivo, mediante o pagamento de propina de 1,5% do valor do contrato.
“As empresas estrangeiras vencedoras da licitação, posteriormente, subcontrataram uma companhia holandesa para execução do serviço licitado, a qual era representada por um dos empresários brasileiros investigado, e que, em virtude dos acertos espúrios, também realizou pagamentos ilícitos aos envolvidos”, informou a PF.