Lava Jato no RJ mira funcionários do Bradesco por lavagem de dinheiro
Operação Câmbio, Desligo realiza três mandados de prisão, sendo dois funcionários do Bradesco e um operador financeiro
atualizado
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A Polícia Federal faz operação, na manhã desta terça-feira (28/05/2019), contra lavagem de dinheiro dentro do sistema bancário. A ação, que é desdobramento da Operação Câmbio, Desligo, realiza três mandados de prisão e outros de busca e apreensão no Rio de Janeiro.
De acordo com as investigações, um gerente de banco e um funcionário teriam ajudado na lavagem de dinheiro “sujo” com a ajuda de um operador financeiro. Tânia Maria Aragão Fonseca era uma das procuradas pela PF e foi presa. Ela é funcionária do Bradesco e mora na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Júlio César Pinto, um segundo funcionário do banco, e Robson Luiz Cunha Silva, o operador financeiro da quadrilha, também são alvos dos mandados de prisão.
Procurada pela reportagem, a assessoria do Bradesco informou que tomou conhecimento das investigações que envolvem funcionários do banco. “As informações, quando oficialmente disponíveis, serão apuradas internamente”, disse. Em seguida, a empresa se colocou à disposição das autoridades para ajudar na colaboração das investigações. “Por fim, o Bradesco reitera que cumpre rigorosamente com as normas de conduta ética e governança vigentes para a atividade.”
A Operação Câmbio, Desligo está no âmbito da Lava Jato e foi deflagrada em maio de 2018. Até o momento, 30 pessoas em quatro estados foram presas. Elas são acusadas de participar de uma rede de doleiros que lava dinheiro para diversas organizações criminosas.
As ações são um desdobramento da Operação Câmbio, Desligo, que apura operações de lavagem de dinheiro que teriam movimentado US$ 1,6 bilhão em 52 países, registradas em mais de 3 mil off-shores. O ex-governador Ségio Cabral e Dario Masser estão envolvidos.