Justiça condena ex-gerente dos Correios por desvio de R$ 7 milhões
Desarticulado pela Operação Titanium, o esquema criminoso operou entre agosto de 2011 e abril de 2013
atualizado
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A Justiça Federal no Rio de Janeiro condenou a 14 anos e nove meses de prisão o ex-gerente da área de saúde dos Correios, Marcos da Silva Esteves, pelo suposto desvio de R$ 7 milhões em um esquema de fraude no plano de saúde da empresa. A condenação acolhe denúncia do Ministério Público Federal no âmbito da Operação Titanium, deflagrada em 2013.
Também foram condenados outros três ex-funcionários dos Correios Todos os réus podem recorrer da sentença. As informações foram divulgadas pelo Ministério Público Federal.
Desarticulado pela Operação Titanium, realizada pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, o esquema criminoso operou entre agosto de 2011 e abril de 2013.
“Os acusados atuavam apresentando notas fiscais falsas produzidas por hospitais, alterando informações nos sistemas de controle interno dos Correios, realizando pagamentos superfaturados e de serviços que nem chegaram a ser prestados, como no caso da internação de Thaísa Luzia da Silva Guedes, no Hospital Rio Laranjeiras Ltda. Por conta do esquema, funcionários dos Correios aguardavam por operações, já tidas como realizadas e pagas a hospitais”, afirma a Procuradoria da República.
Segundo o Ministério Público Federal, além de Esteves foram condenados João Maurício Gomes da Silva (dois anos de pena em regime semiaberto), Fábio Wilson Fernandes Póvoa e Amilton Oliveira Nascimento (estes a três anos em regime semiaberto). Eles também terão que pagar multa e ressarcir o montante acumulado por via das atividades ilegais. Os réus foram também condenados a perda do emprego público.
Para o procurador da República Sérgio Luiz Pinel, responsável pela operação, a sentença proferida pelo juízo da 3.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro foi muito bem fundamentada e atesta a existência de um esquema criminoso na gerência de saúde dos Correios do Rio de Janeiro desarticulado com a deflagração da Operação Titanium.
A reportagem não localizou a defesa dos ex-funcionários dos Correios.