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José Serra é alvo de operação da PF em investigação sobre caixa dois

São cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão em São Paulo, Brasília e Itu

atualizado

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José Cruz/Agência Brasil
Brasília - O senador José Serra durante sessão Congresso Nacional para apreciar e votar vetos presidenciais (José Cruz/Agência Brasil)
1 de 1 Brasília - O senador José Serra durante sessão Congresso Nacional para apreciar e votar vetos presidenciais (José Cruz/Agência Brasil) - Foto: José Cruz/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), realiza a Operação Paralelo 23, na manhã desta terça-feira (21/7), a terceira fase da Operação Lava Jato Eleitoral. Um dos alvos é José Serra, suspeito de participação em esquema de caixa dois na campanha ao Senado Federal em 2014.

São cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e Itu, além do bloqueio judicial de contas bancárias dos investigados, determinados pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.

Na capital federal, as buscas são realizadas no gabinete do senador e no apartamento funcional dele. Outro alvo da operação é o empresário e fundador da Qualicorp, José Seripieri Junior

O inquérito policial aponta para um grupo contratado em 2014 com o objetivo de “estruturar e operacionalizar pagamentos de doações eleitorais não contabilizadas”.

O dinheiro teria sido pago por uma empresa que comercializa planos de saúde. De acordo com a PF, José Serra teria recebido R$ 5 milhões em doações eleitorais não contabilizadas.

Na primeira fase da operação, em abril deste ano, o MP de São Paulo denunciou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, o empresário Marcelo Odebrecht e o publicitário Duda Mendonça pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e de caixa dois em montante superior a R$ 5 milhões.

De acordo com o MPSP, o inquérito da PF mostrou que, entre 21 de agosto e 30 de outubro de 2014, houve diversos pagamentos realizados em hotéis de São Paulo a representantes de “Kibe” e “Tabule”, codinomes usados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht para identificar Skaf como um dos beneficiários dos financiamentos irregulares de campanha com recursos drenados de diversas obras públicas por meio de esquema de corrupção, entre 2006 e 2015.

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