Há guerra entre facções no país, reconhece secretário de SP
Para ele, o conflito é pela rota de tráfico de drogas conhecida como Solimões, na fronteira com a Colômbia e o Peru
atualizado
Compartilhar notícia
O secretário estadual de Administração Penitenciária, Lourival Gomes, reconheceu nesta segunda-feira (9/1) que o país vive uma guerra entre as duas principais facções, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), que atuam dentro e fora de presídios. Segundo ele, o conflito é pela rota de tráfico de drogas conhecida como Solimões, na fronteira com a Colômbia e o Peru.
Gomes negou que São Paulo esteja em estado de alerta e disse que não é possível comparar os episódios que aconteceram no Norte do País com a situação paulista. Os acontecimentos no resto do País são monitorados. No entanto, o secretário admitiu que São Paulo não está livre de motins. Mas frisou que, no momento, não há nenhum conflito entre facções no radar da secretaria. Ele também negou que a secretaria tenha expedido um comunicado interno para alertar sobre possível risco de ocorrência grave nos presídios estaduais.
“Você não pode, em hipótese alguma, deixar juntos em prisões presos de facções diversas, ainda mais quando você sabe que há uma declaração de guerra. Se não isolar, é claro que o grupo mais forte ou o mais numeroso vai atacar o menos numeroso, como observamos nesses ataques violentos no Norte do País. O que estamos fazendo em São Paulo é uma lição de casa”, disse.
Ele completou que a separação dos presos não é um trabalho fácil, já que o Estado recebe 9 mil presos por mês e a média de inclusão no sistema penitenciário é de 300 pessoas no mesmo período. As declarações foram dadas após reunião conjunta entre os secretariados municipal e estadual no Palácio dos Bandeirantes nesta segunda-feira. Na ocasião, foram anunciados convênios entre os dois entes nas áreas de Educação, Saúde, Transportes, Meio Ambiente, Habitação e Assistência Social.