“Foi acerto de contas”, diz delegado sobre família morta com 50 tiros
O pai tinha várias passagens pela polícia e estava com tornozeleira eletrônica no momento do assassinato
atualizado
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Investigadores da Polícia Civil apontam que o assassinato de uma família em Ponta Grossa (PR) teria sido motivado por um eventual acerto de contas. O pai, identificado como Robson Ferreira, de 31 anos, tinha várias passagens pela polícia e estava com tornozeleira eletrônica no momento do assassinato. Ele teria sofrido atentado semelhante em 2014, também ao lado do filho.
O episódio ocorreu na noite desse domingo (15/09/2019). Além de Robson, a esposa, Daniele Ferreira, 27, e um dos filhos do casal, de 6 anos, foram assassinados. Perícia aponta cerca de 50 tiros disparados contra o carro da família. Outras três crianças — sendo duas da mesma família — e uma mulher foram encaminhadas ao hospital.
“Pela forma que foi feita, é logico que foi um acerto de contas do mundo do crime”, pontua o delegado Nagib Palma. “Porque este personagem principal [Robson] já tinha várias passagens por roubo, roubo a caixa eletrônico, a pedágio; há investigação e notícia de tráfico também. Inclusive ele já havia sido preso e estava com tornozeleira”, complementa.
O crime aconteceu na Rua Santo Antonio, no bairro Chapada. A família tinha acabado de chegar em casa. O casal estava em um carro vermelho com os três filhos. A menina de 4 anos foi atingida no quadril e está internada em estado estável. O menino de 2 anos sofreu arranhões. Do lado de fora, uma mulher e outra criança também ficaram feridas.
“[Os criminosos] chegaram em um veículo, que nós estamos no encalço para identificar, e foram feitos inúmeros disparos. Ao todo, foram cerca de 50 de calibre .9 mm, que dá para perceber pelos estojos encontrados”, explica o delegado. Segundo eles, as pessoas que foram encaminhadas ao hospital não correm risco de vida.
“Em 2014, esse principal personagem [Robson], que foi a óbito, já havia sofrido um atentado. Inclusive estava com o filho também. Estamos com a investigação orientada nesse sentido: um eventual acerto de contas”, detalha Nagib. Até o momento, ninguém foi preso. A polícia solicitou as perícias e está à procura do veículo.