metropoles.com

PF prende ex-prefeito de Belém por supostos desvios de R$ 400 milhões

Segundo investigadores, o grupo que desviou o dinheiro não tinha capacidade financeira

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
duciomar
1 de 1 duciomar - Foto: Reprodução

Os investigadores da Operação Forte do Castelo – força-tarefa da Polícia Federal, Procuradoria e Controladoria-Geral da União – descobriram que o grupo ligado ao ex-senador e ex-prefeito de Belém Duciomar Costa (PTB), o “Dudu”, não tinha capacidade financeira, mas ainda assim, durante a gestão na capital paraense (2005/2012), assumiu o controle de empresas e passou a receber “volume significativo de recursos públicos” em um esquema que pode ter desviado R$ 400 milhões.

Dudu foi preso nesta sexta-feira (1º/12) por ordem da Justiça Federal no Pará. Outros três investigados foram detidos.

O prejuízo já identificado pela Operação Forte do Castelo inclui recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), convênios celebrados com o Ministério do Esporte e repasses do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS).

Os desvios na gestão de Dudu teriam ocorrido por meio de fraudes a licitações e contratos com empresas da construção civil firmados com as áreas da Habitação e Urbanismo e Comunicação no período em que ele administrou Belém. Os investigadores constataram, ainda, subcontratações.

A PF informou que o nome da operação que levou Dudu para a cadeia faz referência à construção levantada sobre a Baía do Guajará no ano de 1616, ano da fundação da cidade de Belém, para conter ataques de saqueadores que rondavam a região. A Forte do Castelo teve origem após auditoria da Controladoria em licitações da prefeitura de Belém, entre 2005 e 2012.

A investigação foi aberta após solicitação do Ministério Público Federal à Controladoria para analisar processos licitatórios da prefeitura de Belém com a participação de quatro empresas investigadas.

As fiscalizações da CGU constataram “indícios de fraude ao caráter competitivo e o direcionamento de licitações para beneficiar as empresas, todas vinculadas ao grupo de pessoas ligadas ao ex-prefeito”.

Dudu e seus aliados deverão ser indiciados por fraudes em licitações, crimes de apropriação de recursos públicos, corrupção e associação criminosa. A PF informou que a investigação tem como objetivo “desvelar a atuação concertada de um grupo de pessoas, cujos vínculos profissionais, familiares e pessoais orbitam em torno do ex-prefeito de Belém, com o fim de fraudar licitações e desviar recursos públicos”.

Segundo a PF, “as análises conduzidas pela força-tarefa constataram a existência de conjunto robusto e consistente de indícios, que aponta para a fraude ao caráter competitivo e o direcionamento de diversos certames que culminaram com a contratação das empresas do grupo ligado ao ex-prefeito”.

Ainda de acordo com a PF, no curso das investigações “foi obtido conjunto probatório suficiente que apontou, além de irregularidades na contratação das empresas, indícios de enriquecimento ilícito de vários membros da organização”.

Defesa
A reportagem está tentando contato com a defesa do ex-prefeito, mas não havia obtido sucesso até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para manifestação.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?