Erro de hacker ajudou a Polícia Federal a identificar grupo suspeito
Bloqueio de um número de telefone usado pelo invasor foi fundamental para deflagar a Operação Spoofing
atualizado
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As ligações telefônicas para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o bloqueio de um número de telefone usado por hackers foram fundamentais para a deflagração da Operação Spoofing, segundo relatório da Polícia Federal. Os dados são da Folha de S. Paulo.
A informação é de que em menos de dez dias, o caso estava tecnicamente solucionado. Nesse período, foi entendido, por parte dos investigadores, como o ataque a autoridades da força-tarefa da Lava Jato havia sido feito.
Após quase dois meses de Moro ter sido vítima da invasão, a polícia prendeu quatro suspeitos de terem participado do ataque. Segundo a PF, estima-se que cerca de mil números tenham sido alvo do grupo.
Assim, quando a investigação começou, em 5 de junho, a PF tinha basicamente uma informação: Moro havia recebido ligação do próprio número de telefone minutos antes de saber que teve o Telegram invadido.
O padrão das ligações usado pelo hacker fez com que se descobrisse uma vulnerabilidade na rede de telecomunicações. As chamadas em que o número de origem era igual ao número de destino davam acesso ao correio de voz sem a necessidade de senha.
Em 4 de junho, a Megavoip, empresa que permite ligações via internet, recebeu investigadores da PF e forneceu acesso aos sistemas internos para apuração e perícia. A polícia conseguiu identificar que as chamadas feitas para o celular do ministro tinham sido feitas por um ID.