Dólares, euros e libras: ex-secretário preso no Rio tinha R$ 8,5 mi em casa
Ministério Público terminou a contagem do dinheiro encontrado na ação que prendeu o ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos
atualizado
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) atualizou neste sábado (11/7) o valor apreendido na operação que resultou na prisão do ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos.
O valor corresponde a R$ 8,5 milhões. Do montante, cerca de R$ 7 milhões estavam em notas de reais, e o restante em dólares americanos, euros e libras esterlinas. O dinheiro foi depositado em uma conta judicial do Banco do Brasil, de acordo com informações do MPRJ.
Na sexta-feira (10/7), quando a Operação Mercadores do Caos foi deflagrada, a estimativa era de que o montante somasse cerca de R$ 5 milhões. O dinheiro, de acordo com o MPRJ, foi entregue espontaneamente por um dos investigados, que estava acompanhado de seu advogado.
“Levado para a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), o dinheiro foi manipulado com luvas, e contabilizado na presença do investigado e de seu advogado, com posterior depósito em conta judicial do Banco do Brasil. Após a contabilização, todos os invólucros onde estavam as notas foram preservados para encaminhamento ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE)”, informou o órgão.
A operação teve como alvo Edmar Santos. Ele é investigado por suspeitas de irregularidades nos contratos de Saúde do Rio de Janeiro durante a pandemia da Covid-19. O Ministério Público suspeita dos contratos para a compra de respiradores e construção de hospitais de campanha. O governo fluminense gastou R$ 1 bilhão para fechar contratos emergenciais.
Edmar Santos foi exonerado do cargo no dia 17 de maio pelo governador Wilson Witzel, após o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal deflagarem a Operação Favorito, para investigar possíveis fraudes na compra de respiradores.
Em maio, o MPRJ e a Polícia Civil do estado prenderam o ex-subsecretário estadual de Saúde Gabriel Neves, Gustavo Borges da Silva, Aurino Batista de Souza Filho e Cinthya Silva Neumann.
A suspeita é de que o grupo recebeu vantagens na compra emergencial dos aparelhos respiratórios para pacientes internados em estado grave em decorrência da Covid-19. O Sistema de Saúde Público do Rio já está em colapso devido à lotação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).