DJ Rennan da Penha denuncia abordagem “totalmente agressiva” da PM do Rio
Músico disse que a placa do carro dele circula em grupos de policiais como se fosse de um foragido
atualizado
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O DJ Rennan da Penha denunciou ter sido alvo, na noite desse domingo (20/9), de uma suposta abordagem abusiva da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ).
O músico se diz vítima de uma perseguição por parte da polícia fluminense. Ele afirma estar com medo e que, por isso, vai notificar a corporação.
Rennan contou, em uma série de vídeos publicados em uma rede social, que a placa do carro dele circula em grupos de policiais como se fosse de um foragido.
“Sofri uma abordagem totalmente desrespeitosa, agressiva, por parte da PM do Rio de Janeiro, alegando que meu carro estava na posse de um bandido chamado ‘Di Raça do Baile da Penha”, contou.
O artista publicou também um suposto áudio, junto à imagem do carro dele, que estaria circulando nos grupos de PMs em um aplicativo de conversa.
Estou sofrendo perseguição da Policia… ontem sofri uma abordagem totalmente agressiva e desnecessária com fuzis apontados pra mim e minha mulher, eles alegaram que meu carro estava em posse de um Bandido com o vulgo Di RASSA DA PENHA como vocês podem ouvir no áudio. pic.twitter.com/zCIMz3dCv6
— O PANTANAL ESTA QUEIMANDO (@rennan_penha) September 20, 2020
“Pegou Linha Amarela, faz contato com o BPVE para abordar ele. Tá ele e uma menina. É o Di Raça do Baile da Penha. Sozinho, boiando”, diz o suposto policial.
De acordo com o músico, os policiais militares fazem a abordagem “sempre apontando o fuzil” e ficam de “xingação”.
“Isso é perseguição. Eu fico com medo. Como que vou na rua com meu carro? Como vou buscar meus filhos para ficar comigo? Como vou ver minha família, meus amigos?”, questiona.
Procurada, a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) informou que aguarda a formalização da denúncia para que seja possível alcançar dados essenciais para o trabalho de apuração da Corregedoria, indo além do relato que circula nas mídias sociais.
“A Polícia Militar esclarece ainda que as abordagens feitas em vias públicas são uma das principais ações preventivas voltadas para a redução dos índices criminais e transmissão de maior sensação de segurança”, disse.
“Reconhecemos o desconforto causado, mas destacamos que a colaboração da população a este tipo de serviço, agiliza a ação e a torna mais segura e efetiva”, prosseguiu.
Rennan da Penha chegou a ficar cerca de oito meses preso no ano passado acusado de associação ao tráfico de drogas. Ele saiu da prisão após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) beneficiar condenados em segunda instância, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).