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Criança de 11 anos mata padrasto para defender mãe e irmão

Menino teria pego uma faca de cozinha para salvar irmão de enforcamento. Ele confessou a morte em depoimento à polícia

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Reprodução/Redes Sociais
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1 de 1 imagem-borrada-min - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Campinas – Um menino de 11 anos foi levado à delegacia no início da madrugada desta terça-feira (11/02/2020) depois de matar o padrasto com duas perfurações de faca em Campinas (SP) para defender a mãe e um irmão, que estava sendo enforcado pelo padrasto, o técnico em manutenção Rivanildo de Alencar Tamborim, de 43 anos.

Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Civil, o garoto confessou a morte.

Segundo depoimento da mãe da criança, o marido, com quem vivia há dois anos, já tinha histórico de violência familiar. Um boletim de ocorrência foi registrado em 2008 contra Rivanildo. Ciumento, ele acusava a companheira de traição.

Na noite de segunda-feira (10/02/2020), ele chegou em casa e não aceitou ser cobrado por não ter pago contas de casa. A partir daí, começou a xingar e agredir a mulher, segundo depoimentos à polícia.

Na delegacia, a criança contou que estava no andar de baixo da casa quando ouviu os gritos, “tapas na mãe” e “teria ficado apavorado quando seu irmão, que estava sendo enforcado” ao tentar ajudar a mãe.

Para tentar salvar o irmão de 15 anos, e sem conseguir sair da casa porque o padrasto teria escondido chaves e controles, ele foi à cozinha, pegou uma faca e perfurou duas vezes o pescoço do padrasto. Uma criança de seis anos dormia em um dos quartos da residência.

O menino conta que ficou assustado com os ferimentos, que “começaram a sangrar demais, pelas paredes, na cama” de um dos irmãos. O menino conta que sempre presenciava brigas do casal, mas outro irmão, de 19 anos, que há pouco tempo foi morar com a namorada, era quem separava as brigas.

Mesmo tendo confessado a ação, a criança foi liberada e ficará sob a custódia da mãe. Uma tia dele contou ao Metrópoles que a família tem certeza que o sobrinho não tinha a intenção de matar o padrasto.

“Agora nós vamos buscar ajuda psicológica para ele”, diz Maria Helena, que atendeu o telefone da mãe das crianças. “Ela não tem condições de falar. Está deitada e não quer falar com ninguém.”

Nas redes sociais, a família aparece sorridente em fotografias de Rivanildo, a mulher e os filhos dela. Na legenda de uma foto dela, dos filhos e o marido, escreveu: “Uma família feliz é um refúgio que prevalece de pé, mesmo quando as maiores tempestades passam pelas nossas vidas.”

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