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Corretora usada por “Faraó dos Bitcoins” é investigada nos EUA por insider trading

Binance é a maior bolsa de negociações de criptomoedas do mundo. Glaidson teria colocado ao menos R$ 1,2 bilhão na corretora

atualizado

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Reprodução/TVGlobo
Glaidson Piramide Rio de Janeiro
1 de 1 Glaidson Piramide Rio de Janeiro - Foto: Reprodução/TVGlobo

A corretora Binance, usada por Glaidson Acácio dos Santos (foto em destaque), de 38 anos, o “Faraó dos Bitcoins”, em um suposto esquema de pirâmide financeira e lavagem de dinheiro, é investigada nos Estados Unidos por possíveis negociações com informações privilegiadas (insider trading) e manipulação de mercado.

A Binance é a maior bolsa de criptomoedas do mundo e líder em operações no Brasil – sendo responsável por cerca de 35% das negociações de bitcoins no país durante o mês de agosto, segundo dados publicados no blog CTM.

A investigação contra a corretora foi revelada pela agência de notícias Bloomberg. De acordo com a reportagem, as autoridades norte-americanas apuram se a Binance lucrou tirando proveito dos clientes.

“Embora não tenha sede em nenhum país, a Binance administra uma enorme operação de comércio em que clientes comuns compram e vendem tokens digitais no valor de dezenas de bilhões de dólares sem a supervisão de órgãos de fiscalização do governo. Isso dá à bolsa uma visão de milhões de transações, e as autoridades dos EUA estão questionando se a empresa explorou esse acesso, inclusive negociando com pedidos de clientes antes de executá-los”, detalha a Bloomberg.

A Commodity Futures Trading Commission (CFTC) tem procurado testemunhas que possam confirmar as alegações.

Glaidson teria colocado ao menos R$ 1,2 bilhão na corretora, apontou o inquérito da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), revelado pelo jornal O Globo. O suspeito foi preso sob a acusação de comandar um esquema de pirâmide financeira. Os investigadores descobriram que o montante ia para outros 182 endereços bancários, inclusive em paraísos fiscais, o que dificulta a apuração das autoridades.

CVM

No ano passado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alertou investidores brasileiros ao apontar que a Binance não detém autorização para captar clientes residentes no país com oferta pública de serviços de intermediação de derivativos.

“Aos participantes do mercado de valores mobiliários e ao público em geral que a empresa citada não está autorizada por esta Autarquia a captar clientes residentes no Brasil, por não integrar o sistema de distribuição previsto no art. 15 da Lei nº 6.385, e determina à empresa a imediata suspensão da veiculação de qualquer oferta pública de serviços de intermediação de valores mobiliários, de forma direta ou indireta, inclusive por meio da utilização de páginas na internet, aplicativos ou redes sociais”, relatou o superintendente de Relações com o Mercado e Intermediários, Francisco José Bastos Santos, em ato declaratório.

STJ nega habeas corpus

O desembargador convocado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) Jesuíno Rissato negou, no último dia 14, pedido de liberdade apresentado pela defesa do “Faraó dos Bitcoins”.

A prisão do empresário foi decretada em agosto deste ano pela Justiça Federal do Rio de Janeiro (JFRJ), com base na suspeita de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de capitais e participação em grupo criminoso.

Na decisão, foram apontados indícios de movimentações financeiras atípicas que chegariam a bilhões de reais. Os valores estariam sendo remetidos ao exterior, o que, segundo os investigadores, é uma possível forma de ocultar o patrimônio. O juiz também considerou o potencial risco de fuga dos investigados e a possibilidade de lesão irreversível aos investidores.

Contra a medida cautelar, a defesa impetrou habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). A liminar foi negada, mas não houve ainda o julgamento de mérito.

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