Coronavírus: presídios em SP têm rebeliões e fuga de 350 detentos
Motivo teria sido o cancelamento da saidinha de Páscoa que aconteceria nesta terça-feira por conta da pandemia de Covid-19
atualizado
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Municípios da Grande São Paulo, litoral e interior paulistas registraram, nesta segunda-feira (16/03), rebeliões e uma fuga em massa de presos. Em Mongaguá, na Baixada Santista, cerca de 350 detentos fugiram do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Dr. Rubens Aleixo Sendin. Segundo a polícia, ainda há reféns no local. São informações do Estadão.
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O CPP é de regime semiaberto. Os presos teriam se rebelado após o cancelamento da saidinha de Páscoa que aconteceria nesta terça-feira (17/03). A unidade tem capacidade para 1.640 presos e estava com 2.796 – 1.156 a mais, de acordo com o site da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
Os presos fizeram funcionários reféns na portaria do CPP e, em seguida, fugiram em massa do local. Ainda há reféns dentro do presídio, e a polícia trabalha na negociação para conseguir liberar os funcionários.
Equipes da Polícia Militar, Rodoviária, Civil e o helicóptero Águia fazem buscas no entorno do presídio para tentar recapturar os detentos.
Tumulto
Em Tremembé, a saidinha do presídio Dr. Edgar Magalhães Noronha (Pemano) também foi suspensa devido à pandemia de coronavírus (Covid-19) e o tumulto teria iniciado após os detentos saberem da suspensão. Várias viaturas da Polícia Militar estão no local e, segundo relatos, há barulhos de bombas e tiros.
Em Mirandópolis, detentos da penitenciária local também se rebelaram, segundo informou a Polícia Militar. São detentos do regime semiaberto. Equipes foram acionadas para conter o movimento. O motivo também seria a suspensão da saída temporária como forma de medida preventiva para conter o avanço do coronavírus.
PCC
Em todos os presídios rebelados, há a presença de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). A direção da Secretaria da Administração Penitenciária informou que só será possível saber o número exato de fugitivos em Mongaguá após o término da contagem dos presos.
De acordo com o sindicato dos agentes prisionais, a onda de motins atingiria uma quinta prisão: o Centro de Ressocialização de Sumaré. A razão das revoltas, segundo os agentes, seria o fato de os presos temerem perder o direito à saída temporária de Páscoa em razão da epidemia de coronavírus.
(Com informações do G1)