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Cinco pessoas feridas em chacina em Fortaleza continuam internadas

As vítimas estão nas unidades de saúde da cidade e apresentam estabilidade do quadro clínico

atualizado

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Rodrigo Carvalho/AFP
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1 de 1 chacina - Foto: Rodrigo Carvalho/AFP

Continuam internadas em hospitais da cidade cinco pessoas feridas durante o tiroteio em uma casa de shows no bairro Cajazeiras, em Fortaleza, ocorrido no último sábado (27/1). Um homem e três mulheres, sendo duas adolescentes, passaram por cirurgia e estão no Instituto Dr. José Frota (IJF). A assessoria do hospital não divulgou o estado de saúde deles. Agora à tarde, o IJF informou que todos estão estáveis e em recuperação.

O quinto ferido está no Hospital Distrital Edmilson Barros, unidade de atenção secundária. Ele passou por cirurgia e seu estado de saúde é estável.

No domingo (28), parte das 14 pessoas assassinadas foi sepultada em cemitérios da cidade. Um dos sepultados vendia lanches em frente à casa de shows e foi um dos primeiros a ser atingido pelos tiros, disparado por um grupo armado que invadiu a festa. Considerada a maior chacina do Ceará, o crime aconteceu durante uma festa conhecida como Forró do Gago.

O Ministério da Justiça vai auxiliar as forças de segurança do Ceará nas investigações. Uma força-tarefa formada por membros da Secretaria Nacional de Segurança Pública, das polícias Federal e Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional darão suporte à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Em nota, o ministério informou que “o reforço tem objetivo de propiciar aos órgãos de segurança do estado que atuem para reprimir de forma exemplar a ação de grupos criminosos envolvidos na chacina”.

Em coletiva de imprensa realizada domingo (28), o governador do Ceará, Camilo Santana, cobrou do governo federal ações efetivas de combate ao crime organizado.

“Estamos pagando um preço muito caro hoje por falta de uma política nacional [de combate ao crime organizado]. O tráfico e essas facções começaram no Rio e em São Paulo e se espalharam pelo Brasil inteiro. É uma briga de territórios. Precisa ter uma ação integrada e o governo federal precisa cumprir o seu papel.”

Na nota divulgada pelo Ministério da Justiça, o ministro Torquato Jardim “reafirma que a União seguirá cumprindo o papel de oferecer apoio técnico e financeiro aos estados, como vem fazendo regularmente, para que os órgãos de segurança pública trabalhem de forma integrada e harmoniosa, ainda que os governantes não solicitem apoio por razões eminentemente políticas.”

Das cinco pessoas suspeitas de participar da ação, a Polícia Militar aponta que três seriam os mandantes da chacina. As forças de segurança não confirmam se a ação criminosa teve a participação de facções.

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