Cerca de 20% da família de Flordelis está envolvida no assassinato, diz PC
Polícia cumpriu nesta segunda mandados contra 11 pessoas suspeitas de participarem do assassinato do pastor Anderson do Carmo
atualizado
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) informou que cerca de 20% da família da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) está envolvida no assassinato do pastor Anderson do Carmo, morto em 16 de junho de 2019.
Junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a polícia cumpriu nesta segunda-feira (24/8) nove mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão contra 11 acusados de participarem do homicídio.
“Chegamos a 11 pessoas que serão responsabilizadas por esse crime bárbaro, crime covarde”, disse o delegado Antônio Ricardo Nunes, diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP).
“Temos aí 11 pessoas respondendo criminalmente. Levando em conta que a família dela [deputada federal Flordelis] são 55, temos aí 20% da família envolvida nesse crime”, prosseguiu o investigador.
Segundo o delegado, ficou comprovado que todos eles têm participação no assassinato do pastor. Por sua vez, Flordelis foi apontada como a mandante do crime, mas não foi presa devido à imunidade parlamentar.
Quem são
Foram alvos dos mandados de prisão preventiva Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues, André Luiz de Oliveira, Carlos Ubiraci Francisco da Silva, Rayane dos Santos Oliveira, Flávio dos Santos Rodrigues, Adriano dos Santos Rodrigues, Andrea Santos Maia e Marcos Siqueira Costa.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados aos réus nas cidades fluminenses de Niterói, São Gonçalo e Rio de Janeiro, além de Brasília, onde Flordelis tem um apartamento funcional. Uma das filhas dela, Rayane dos Santos Oliveira, foi presa na capital federal.
Motivação
“O motivo do crime, descreve a denúncia, seria o fato de a vítima manter rigoroso controle das finanças familiares e administrar os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado das pessoas mais próximas a Flordelis, em detrimento de outros membros da numerosa família”, diz o MPRJ.
As ações dos demais denunciados são descritas em diferentes etapas como no planejamento, incentivo e convencimento para a execução do crime, assim como em tentativas de homicídio anteriores ao fato consumado, pela administração de veneno na comida e bebida da vítima, ao menos seis vezes, sem sucesso, segundo apontam as investigações.