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Ceasa: vídeo serviu para atender interesse próprio, diz polícia

Gravações foram realizadas em momento que havia grande quantidade de mercadorias, segundo apurou a Polícia Civil de Minas Gerais

atualizado

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O trabalhador de 48 anos que alegou em vídeo um falso desabastecimento no Centro de Abastecimento (Ceasa) de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), gravou as imagens em um período de bastante movimento.

A informação foi revelada nesta quinta-feira (02/04) pela Polícia Civil de Minas Gerais, que instaurou inquérito para apurar o caso.

Investigadores descobriram que o vídeo foi gravado por volta das 10h15 dessa terça-feira (31/03). Normalmente, o movimento no local da gravação começa de madrugada e vai até às 11h.

“Nós temos a filmagem do exato momento em que ele produz o vídeo, e no local havia sim uma grande quantidade de mercadorias, mesmo sendo um final de expediente”, disse o delegado Saulo Castro, em entrevista coletiva.

“Ele optou por fazer uma tomada de uma maneira que demonstrasse de acordo com os interesses dele”, complementou a autoridade policial.

Identidade
O nome do investigado não foi divulgada pela Polícia Civil. A corporação informou, contudo, que o trabalhador autônomo não tem antecedentes criminais.

O suspeito foi intimado e deve comparecer à delegacia até a próxima segunda-feira (06/04).

O delegado Castro destacou a gravidade do episódio ao divulgar informações distorcidas em momentos de calamidade pública. O mundo vive o caos de uma pandemia que já matou mais de 50 mil pessoas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Nesse contexto de pandemia, qualquer tipo de notícia falsa, as consequências dessa conduta, na verdade, não são bem conhecidas; tudo pode acontecer: uma corrida desenfreada nos supermercados, nos horti-frutis. Pode resultar numa crise social”, disse.

Não compartilhe
A corporação alertou ainda para o risco de se compartilhar notícias falsas sem antes checar. Segundo o delegado Rodrigo Bustamante, há risco de pena para pessoas que compartilharam o vídeo.

“O que orientamos é: não compartilhe notícias que sejam falsas sem antes verificar a sua existência. Porque pode configurar também o crime de compartilhamento de notícias falsas”, pontuou.

O delegado minimizou, contudo, a atitude do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que compartilhou o vídeo sobre o desabastecimento da Ceasa de Contagem. Segundo Bustamante, o chefe do Executivo apagou o tuíte logo em seguida.

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