Caso Ágatha: delegado diz que PM mentiu em depoimento
O agente inicialmente contou que teria ocorrido um tiroteio na comunidade e que, logo depois, atirou na direção de homens armados
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Civil informou que o policial militar da UPP Fazendinha responsável pelo disparo que atingiu a menina Ágatha Vitória Salles, de 8 anos, mentiu em depoimento à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
De acordo com informações de O Dia, o delegado responsável pelas investigações, Marcus Drucker, afirmou que o PM inicialmente contou a versão de que teria ocorrido um tiroteio na comunidade e que logo depois ele atirou na direção de dois homens armados que estavam em uma motocicleta.
“Através dos depoimentos, é possível identificar que não havia nenhuma pessoa armada naquele momento perto dos policiais. O PM contou ter visto a arma, mas conseguimos identificar que não tinha”, explicou.
O responsável por tirar a vida de Ágatha foi indiciado por homicídio doloso, quando existe intenção de matar, mas segue em liberdade. A polícia pediu à Justiça o afastamento imediato do agente.
Relembre
Ágatha foi baleada no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em 20 de setembro. A criança estava na Kombi com a avó quando foi atingida nas costas por um tiro de fuzil.
Um relatório do Instituto Criminalista Carlos Éboli (ICCE) apontou que um fragmento de projétil encontrado no corpo da vítima tinha ranhuras idênticas às do cano do fuzil utilizado pelo policial. A bala teria acertado um poste primeiro, e um estilhaço matou a menina.