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Assessores de ministro do Turismo atentam contra democracia, diz juiz

Polícia Federal prendeu, nessa quinta-feira (27/06/2019), um assessor especial e dois ex-funcionários de Marcelo Álvaro Antônio

atualizado

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Marcelo Álvaro Antônio
1 de 1 Marcelo Álvaro Antônio - Foto: Reprodução / Facebook

O juiz eleitoral Renan Machado disse que as suspeitas de candidaturas laranjas de fachada no PSL, se confirmadas, “atentam contra a lisura do processo democrático”. De acordo com os documentos, obtidos pela TV Globo, as prisões realizadas na manhã dessa quinta-feira (27/06/2019) foram necessárias para a efetividade das apurações.

A Polícia Federal (PF) prendeu um assessor especial e dois ex-assessores do atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, em razão de investigação sobre candidaturas laranjas do PSL na eleição de 2018. Entre os presos, está Mateus Von Rondon, braço direito do integrante do governo de Jair Bolsonaro (PSL).

“Oportuno notar a gravidade do delito, se comprovada a sua prática, pois atenta contra a lisura do processo democrático de escolha dos representantes eleitos, um dos fundamentos da soberania popular”, escreveu Machado. O magistrado destacou ainda que as prisões foram necessárias para a efetividade das apurações.

Para o juiz, “sendo os envolvidos um grupo político organizado, previsíveis obstruções somente serão evitadas instrumentando a investigação com eficiência”. O magistrado ressaltou ainda que existem dois relatos de ameaça ou intimidação, evidenciando o potencial dos investigados prejudicarem a instrução criminal.

Sobre o assessor especial do ministro do Turismo, Mateus Von Rondon, o juiz disse que ele atuava como o “elo entre PSL e as gráficas” investigadas na operação. A defesa, no entanto, informou que Von Rondon sempre teve bons antecedentes e, por isso, o pedido de prisão causou “estranheza”.

Segundo o magistrado, “depoimentos de empregados do PSL, corroborando o restante da prova oral produzida, apontam que Mateus Von Rondon Martins era o principal funcionário do PSL responsável pelo relacionamento com as gráficas. Curioso, todavia, verificar que apesar de ele ter sido o elo entre partidos e gráficas, também foi fornecedor direto de serviços para Naftali, Lilian, Débora e Camila, por meio de sua empresa individual e aparece apenas na prestação de contas delas”.

Durante as buscas na casa de Von Rondon, a PF encontrou material de campanha de candidatos homens. Ele foi preso temporariamente nessa quinta-feira (27/06/2019), no âmbito da Operação Sufrágio Ostentação II, que mira as candidaturas laranjas do PSL. Em Minas, a Polícia Federal também prendeu Roberto Silva Soares. Robertinho, como é conhecido, foi detido em Ipatinga, região leste de Minas Gerais. De acordo com as investigações, ele atuava como coordenador da campanha de Marcelo Álvaro a deputado federal.

A investigação teve início com base nos depoimentos de quatro candidatas. De acordo com o magistrado, “os relatos delas são similares, no sentido de que receberam a promessa de aporte de valores para campanha condicionado à devolução de parte significativa dos recursos”. “Outras candidatas foram ouvidas e não relataram práticas semelhantes.” (Com Agência Estado)

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