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Amigo da professora Marilena: “Uma pessoa amável e adorada por todos”

Marilena Umezu era professora de filosofia, coordenadora da escola estadual Raul Brasil e foi a primeira vítima dos atiradores no colégio

atualizado

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Marilena Ferreira Vieira Umezo
1 de 1 Marilena Ferreira Vieira Umezo - Foto: Facebook/Reprodução

O professor Alexsandro Sousa, funcionário da escola estadual Raul Brasil, falou brevemente com o Metrópoles sobre algumas das vítimas do ataque em Suzano (SP), ocorrido na manhã dessa quarta-feira (13/3). O servidor, amigo da professora Marilena Umezu, a descreveu como “uma amiga amável e adorada por todos”.

Ele também afirmou que a “tia Eliana” – Eliana Regina Xavier, uma agente de organização escolar e segunda alvejada na escola – era querida na comunidade.

O professor lembrou, ainda, do estudante Claiton Antonio Ribeiro, de 17 anos, um dos cinco adolescentes mortos pelos atiradores. “Mais que excelente aluno, o Claiton era um anjo”, descreveu.

As aulas no colégio estadual Raul Brasil estão suspensas até, pelo menos, a próxima segunda-feira (18). O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), decretou luto oficial de três dias após o massacre – ao todo, 10 pessoas morreram, incluindo os dois responsáveis pelo atentado.

Veja imagens do massacre em Suzano (SP):

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Além dos 10 mortos, muitos alunos e funcionários ficaram feridos

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Entenda o massacre em Suzano (SP)
A escola de Suzano, onde ocorreu o massacre, fica a cerca de 50 quilômetros da capital, São Paulo, e tem ensino fundamental e médio, além de um centro de línguas. Lá estudam cerca de mil alunos e trabalham 121 funcionários.

 

Vítimas
Entre as vítimas estão as duas funcionárias da instituição de ensino – Marilena Ferreira Vieira Umezo e Eliana Regina de Oliveira Xavier – e cinco jovens, todos estudantes do ensino médio. Um comerciante da região também perdeu a vida no ataque: era tio de um dos assassinos e morreu antes de a dupla invadir o colégio.

Os estudantes Caio Oliveira, Claiton Antonio Ribeiro, Douglas Murilo Celestino, Kaio Lucas da Costa Limeira, Samuel Melquiades Silva Oliveira estavam no pátio da escola, durante o intervalo das aulas, quando foram surpreendidos pelos tiros.

Jorge Antônio Moraes, dono de uma locadora de veículos que fica ao lado do colégio, foi o primeiro a ser atingido pelos atiradores: era tio do adolescente que cometeu o crime com um comparsa de 25 anos. Jorge foi socorrido e levado ao hospital municipal de Suzano, mas não resistiu.

Durante coletiva de imprensa, o comandante da PM de São Paulo, coronel Marcelo Vieira Salles, afirmou que os agentes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar, impediram que os criminosos entrassem em uma sala de aula e atirassem contra outros 10 alunos, os quais se escondiam no espaço.

Vídeos
Minutos após o ataque, um cenário de horror se formou no colégio Raul Brasil. As imagens mostram alunos caídos no chão e uma grande quantidade de sangue espalhada pelo local. Na gravação, é possível ver ao menos cinco corpos nos corredores da escola.

Estudantes correm no pátio, gritando em direção à pessoa que está gravando. Em desespero, uma aluna pede socorro. “Me ajuda, meu Deus”, berrou, ao sair correndo.

Assista: 

 

Imagens gravadas por câmeras de segurança na rua da escola filmaram o momento em que os dois atiradores estacionaram um Ônix branco em frente ao colégio e entraram para cometer o massacre. O vídeo (assista abaixo) foi divulgado pelo site O Antagonista.

Nas cenas, é possível ver o carro estacionando em frente ao portão de entrada da escola. Logo em seguida, o passageiro desce do veículo e parece conversar com o motorista. Com uma mochila nas costas e carregando algo nas mãos, ele deixa a porta por onde saiu aberta e dá a volta por trás do automóvel, parando ao lado da janela do condutor.

O rapaz parece continuar o diálogo com o motorista do carro por alguns instantes, em seguida se vira e entra na escola. O condutor demora no veículo por alguns minutos, mas logo sai com certa pressa e atravessa o portão do colégio. Assim como seu comparsa, ele levava uma mochila nas costas e carregava algo nas mãos. Em poucos segundos, vários adolescentes aparecem fugindo.

Após os assassinatos, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, matou Luiz Henrique de Castro, 25, e cometeu suicídio.

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