Açougue afasta funcionário que espancou e matou ambulante no RS
Empregado e um amigo dele foram presos preventivamente. Agressões ocorreram no sábado (2/10). Ambulante morreu no domingo (3/10)
atualizado
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O açougue Shopping das Carnes decidiu afastar o funcionário que participou das agressões ao vendedor ambulante Wagner de Oliveira Lovato, de 40 anos, no sábado (2/10), na cidade de Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre (RS).
A vítima morreu na noite desse domingo (3/10), no Hospital Cristo Redentor, na capital. Ela não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral.
“Estamos adotando todas as medidas possíveis para auxiliar as autoridades na apuração das responsabilidades neste ato criminoso em frente ao estabelecimento em Alvorada. O funcionário envolvido neste episódio inaceitável, que não estava em atividade de trabalho no momento do crime, foi afastado pela empresa e está sob custódia da polícia”, informou o açougue, aberto há cerca de três meses.
Além disso, o Shopping das Carnes informou que não abrirá nesta segunda-feira (4/10), devido à morte.
“Desde o ocorrido, estamos buscando contato com a família da vítima para dar o suporte necessário. Compreendemos o momento de dor e de reserva e respeitamos o tempo dos familiares. Estamos à disposição para que esse diálogo aconteça”, completou a casa de carnes.
Wagner foi espancado por um funcionário do estabelecimento que estava de folga e por um amigo dele.
“Ele [Wagner] teria tido uma discussão banal. Na saída, houve uma briga. Ele tomou dois socos, se desequilibrou e bateu com a cabeça no chão. Também há relatos de que o funcionário teria chutado a cabeça dele”, conta o delegado Edimar de Souza, em conversa com o Metrópoles.
“Um dos agressores disse que a vítima saiu do estabelecimento sem comprar nada e teria falado que a carne estava cara e que não era de qualidade”, completou.
Os dois agressores estavam embriagados. Eles foram levados para a delegacia e presos preventivamente. “A gente ainda vai analisar as câmeras de segurança e ouvir outras testemunhas, como o dono do estabelecimento e mais alguns funcionários”, relata Edimar de Souza.