“Aconteceu”, diz assassino de mulher morta ao sair para comprar fraldas
Heronildo Martins de Vasconcelos disse que não agrediu Aline Silva Dantas e que quando caiu em si, ela já estava morta
atualizado
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Durante audiência de instrução realizada no fim de agosto, o réu Heronildo Martins de Vasconcelos, acusado de matar Aline Silva Dantas em setembro de 2019, confessou à Justiça o crime, mas alegou “lapso de consciência”. O preso afirmou que, quando caiu em si, a vítima já estava morta. O réu teria chorado durante o depoimento, segundo o portal G1.
“Não tem o que dizer, simplesmente aconteceu”, teria dito ele durante audiência por videoconferência, da qual participavam o marido da vítima, policiais e testemunhas do ocorrido. O Ministério Público solicitou que o preso vá a júri por homicídio qualificado.
“Quanto à autoria, os indícios não foram suficientes para garantir a participação do mesmo na morte da vítima, pois não há provas do que aconteceu entre o tempo em que o mesmo seguiu o mesmo caminho da vítima e encontrou-a em seus braços, pois teve um ‘apagão’ em sua memória”, sustenta o advogado do réu, Robson Cavalieri, nomeado pela Defensoria Pública. Ele solicitou uma nova perícia técnica do DNA e da identificação do autor do crime, bem como investigações sobre a saúde mental do acusado.
Entenda o caso
Em 8 de setembro de 2019, Aline saiu de casa para comprar fraldas para a filha, ficou três dias desaparecida e foi encontrada morta com o corpo queimado em uma mata. Imagens registradas por câmeras de segurança a 500 metros do local onde foi achado o corpo mostram que a jovem foi seguida por Heronildo, enquanto caminhava pela Rua Marcolino Tavares, no município de Alumínio (SP).
O corpo da jovem de 19 anos foi achado por cães farejadores, escondido sob uma pilha de madeira. O Instituto Médico Legal (IML) apontou marcas de possíveis tentativas de defesa no pescoço e na mão da vítima. A identificação da jovem foi feita baseada nos traços de Aline e nas roupas usadas no dia do desaparecimento.
Heronildo foi preso em 2 de outubro, em casa, depois a perícia detectou o DNA dele no corpo da vítima. Ele era o principal suspeito desde o início das investigações, mas negou o crime até os exames que o identificaram. Ele tem passagem por tentativa de estupro em 2012, também em Alumínio.