Polícia apreende arma do mesmo modelo usado contra Marielle Franco
A submetralhadora foi encontrada num apartamento vazio na localidade de Chaperó (RJ) em ação contra milicianos em Itaguaí
atualizado
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Um confronto balístico irá determinar se a submetralhadora HK-MP5 apreendida pela Polícia Civil numa ação contra milicianos em Itaguaí, no Rio de Janeiro, na tarde de quarta-feira (30/5) foi usada para matar a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e o motorista dela, Anderson Gomes, no dia 14 de março.
De fabricação alemã, a arma, encontrada num apartamento vazio do condomínio Zafira, do programa Minha Casa Minha Vida, na localidade de Chaperó, estava junto a outros armamentos da milícia que domina o conjunto: uma metralhadora, quatro pistolas, dois revólveres e munição. Diferentemente das demais, a HK-MP5 dificilmente é apreendida no estado fluminense.
O modelo é utilizado pelo Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar e pela Coordenadoria de Operações Especiais da Polícia Civil do Rio de Janeiro, além de grupos de elite das Forças Armadas.A submetralhadora HK-MP5 será periciada pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). “Vai ser feito o confronto balístico com o projétil recuperado, que está amassado, e com estojos. Por microcomparação, será possível identificar as ranhuras individualizadas”, explicou nesta quinta-feira (31/5) o promotor Jorge Luis Furquim, que investiga milícia em Itaguaí. “Se as marcas forem iguais ao que foi coletado na cena do crime, há a certeza absoluta. A nível microscópico, é possível saber com precisão”.
A apuração do caso Marielle está a cargo da Delegacia de Homicídios, e os passos da investigação são mantidos sob sigilo. O carro da vereadora foi atacado à noite no Estácio, região central do Rio, quando ela ia para casa. Anderson Gomes morreu porque estava na linha de tiro.