Polícia ambiental usa drone para estimar destruição em Parque do Juquery
Gestor do parque avalia que 50% da área foi atingida pelas chamas, diferentemente da Prefeitura de Franco da Rocha, que anunciou 80%
atualizado
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São Paulo – Um voo de drone programado para ser feito na tarde desta quarta-feira (25/8) irá avaliar a extensão dos danos causados pelo fogo que atingiu o Parque Estadual do Juquery, na Grande São Paulo, no último domingo (22/8).
De acordo com o gestor do parque, Adriano Candeias de Almeida, cerca de 50% da vegetação foi tomada pelas chamas. O percentual é diferente do estimado pela Prefeitura de Franco da Rocha, onde o parque está localizado. A administração municipal informou que 80% da área foi atingida pelo incêndio.
O fogo começou após um balão cair na copa de um eucalipto, localizado na face sul da área de proteção ambiental. “Fiquei assustado com as condições climáticas do dia e sabia que ia ser difícil controlar o fogo”, disse Adriano, ao citar a alta temperatura e o tempo seco registrados em São Paulo no fim de semana. O incêndio foi controlado cerca de 48 horas depois do acidente, e ainda nesta terça-feira havia focos a serem combatidos.
Comandante da 1ª Companhia do 1º Batalhão de Polícia Militar Ambiental, a capitã Paola Mele explicou que há riscos de reignição, termo usado por brigadistas para definir o retorno de um incêndio em grande escala. Assim como Adriano Candeias, a agente discordou do número anunciado pela prefeitura e disse que “no máximo 70%” do parque foi comprometido.
O cenário na última área de Cerrado remanescente no estado de São Paulo é de destruição. A vegetação rasteira foi carbonizada pelas chamas. A Guarda-Civil de Franco da Rocha deteve seis pessoas acusadas de terem soltado o balão que causou o incêndio. Uma delas foi indiciada, pagou R$ 3 mil de fiança e foi liberada. Os seis acusados pagaram multa de R$ 10 mil cada em decorrência do crime ambiental.
Além disso, um ouriço e uma cobra do gênero Tomodon morreram após serem resgatados na vegetação. Outros cinco animais foram resgatados com vida e passam por tratamento: três calangos, um tatu e uma cobra jararaca.
Não há relatos de feridos entre as equipes que atuam no combate ao incêndio no Parque Estadual do Juquery, segundo Paola Mele.