Polícia abre investigação sobre morte de adolescente de 13 anos no Rio
A PMERJ disse que a Corregedoria Geral vai “averiguar as circunstâncias da ação” e que vai cooperar com as investigações da Polícia Civil
atualizado
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A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) afirmou, nesta segunda-feira (7/8), que abriu uma investigação sobre a morte do adolescente de 13 anos, baleado durante uma operação na noite de domingo (6/8), na Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro.
Segundo familiares, Thiago Menezes Flausino morreu depois de ser atingido por cinco disparos. Uma tia do adolescente, Nathaly Bezerra Flausino, contou que o menino era querido pelos moradores da comunidade e sonhava em ser jogador de futebol profissional.
Em nota enviada ao Metrópoles, a PMERJ informou que a Corregedoria Geral vai “averiguar as circunstâncias da ação”. A Secretaria de Estado de Polícia Militar disse que também “colabora integralmente” com as investigações conduzidas pela Polícia Civil.
Conforme a PMERJ, os policiais envolvidos na ocorrência informaram que realizavam policiamento na esquina da Estrada Marechal Miguel Salazar com Rua Geremias “quando dois homens em uma motocicleta atiraram contra a guarnição”.
Ainda de acordo com o pronunciamento, após o confronto, “um adolescente foi encontrado atingido e não resistiu aos ferimentos”. Além disso, os PMs apreenderam uma pistola calibre 9mm no local. A área foi isolada e a Delegacia de Homicídios, acionada.
PMs alteraram cena do crime, diz comunidade
Além de acusar os PMs envolvidos na operação pela morte do adolescente, moradores da Cidade de Deus e a família da vítima alegam que os militares alteraram a cena do crime. De acordo com a tia de Thiago, Nathaly Bezerra Flausino, os policiais chegaram ao local atirando.
“Eles estavam de moto na principal da CDD, a polícia encontrou com eles e deu muitos tiros neles. Deu muito tiro neles. Meu sobrinho é pequeno, tem corpo de criança, e está com mais de cinco tiros espalhados pelo corpo. Muito tiro em uma criança de 13 anos”, relatou ao G1 a tia do adolescente.
Outra testemunha, que não quis ser identificada, confirmou a versão dos familiares da vítima e considerou a ação da PMERJ como “desastrosa”.
“Quando eles viram que a criança já estava morta com um tiro fatal, eles queriam tirar o corpo da criança do chão. Nós peitamos, e não deixamos eles levarem o corpo da criança”, contou a testemunha.
Um morador, também de identidade preservada, disse que os policiais chegaram a simular uma troca de tiros na comunidade.