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Polícia abre inquérito para apurar irregularidades na vacinação no Rio

Professores de educação física foram vacinados, enquanto há profissionais da linha de frente sem vacina

atualizado

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Rio de Janeiro – As notícias de aplicação de doses de vacina contra o novo coronavírus em pessoas fora dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde em unidades da rede municipal de Saúde do Rio motivou a abertura de inquérito policial pela Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCC-LD), da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.

A investigação, instaurada na manhã desta sexta-feira (22/1), apura tentativa de compra de vacinas e a coação de profissionais de saúde, que estariam sendo obrigados a vacinar pessoas fora dos grupos prioritários. Um ofício também foi encaminhado ao Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren/RJ) solicitando informações sobre a denúncia realizada pela presidente do órgão, Lilian Behring.

Segundo as denúncias, professores de educação física da Academia Carioca, que acompanham idosos em atividades físicas, estão sendo vacinados, mesmo com o programa suspenso por conta da pandemia. Além deles, funcionários de manutenção de unidades básicas e outros trabalhadores também foram imunizados.

Com a quantidade restrita no número de vacinas disponíveis (o estado só entregou 115 mil das 231 mil doses destinadas à capital), a Secretaria Municipal de Saúde terá que explicar o motivo pelo qual esses profissionais terem sido vacinados quando há trabalhadores na linha de frente, em unidades dedicadas exclusivamente ao tratamento de Covid-19, que ainda não receberam o imunizante.

Durante coletiva na manhã desta sexta-feira (21/1), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), comentou as denúncias de pessoas fora dos grupos prioritários sendo vacinadas: “Na vida tem malandro pra tudo. Os critérios estão colocados e as pessoas devem fiscalizar junto com a Prefeitura e com a imprensa. Portanto, denunciem caso haja algum delinquente furando fila”, disse.

Em nota, a SMS afirmou que os profissionais da Academia Carioca trabalham nas campanhas de vacinação, ajudando na operacionalização, em atendimento e organização do público e nas “ações extramuros”. A SMS disse ainda que não recebeu qualquer informação oficial da Polícia Civil sobre abertura de inquérito.

A pasta garante também que “todas as pessoas vacinadas têm seus nomes e CPFs registrados e que refuta veementemente qualquer tentativa de furar a fila de vacinação e tomará medidas rigorosas, caso seja comprovada alguma aplicação indevida fora dos grupos prioritários definidos para este primeiro momento”.

Todas as denúncias de vacinação fora dos critérios devem ser feitas por meio da Central de Atendimento da Prefeitura do Rio de Janeiro, no número 1746.

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